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Novo polo automotivo capixaba representará 20.000 empregos

Geral, 04 de Julho de 2014 às 11:40h

O futuro polo automotivo deve gerar cerca de 20.000 empregos diretos e indiretos na região Norte do estado do Espírito Santo nos próximos cinco anos, a contar da assinatura do convênio nesta terça-feira (2) entre governo e a Agrale para instalação de uma fábrica da montadora em São Mateus. O investimento privado deve girar em torno de R$ 40.000.000.
 
A fábrica será a principal fornecedora de chassis de ônibus para a Volare, do grupo Marcopolo, também instalada em São Mateus, para a qual já forneceu mais de 50.000 chassis de ônibus. As firmas são parceiras há 17 anos. O convênio foi divulgado ontem com exclusividade pela coluna Victor Hugo, de A GAZETA.
 
'Agrale e Volare atrairão grupo de, no mínimo, 10 grandes fornecedores em 5 anos. Calculo 5.000 empregos diretos e 15.000 indiretos no período', estimou o secretário de planejamento do município de São Mateus, Luiz Fernando Lorenzoni.
 
A Agrale, com base no Sul do país, produz chassis de ônibus e pretende instalar unidade em São Mateus
 
 
Produção
 
A empresa, com sede no Sul do país, ficará a 7 km da Volare, de quem será a principal fornecedora. O primeiro chassi deve ser produzido no segundo semestre de 2015. A empresa produzirá 200 empregos diretos.
 
'Com isso, consolidamos o polo automotivo no Estado. A empresa vem fazer negócio, mas também ajuda um projeto de descentralização econômica e desenvolvimento do Estado', avaliou.
 
 
Rapidez
 
O fechamento do negócio no Norte capixaba dependeu de uma negociação relativamente rápida. Foram dois anos, desde o início da conversa, e 10 semanas desde que a Secretaria Estadual de Desenvolvimento entrou na negociação. 'Foi uma das negociações mais tranquilas da secretaria', avaliou o titular da pasta, Nery De Rossi.
 
Para descartar outros Estados e decidir instalar a quinta unidade da fábrica em São Mateus, os empresários disseram levar em conta, entre outras coisas, a localização geográfica de São Mateus.
'É muito boa para quem quer ir para o Nordeste. E o Estado trabalha com regras claras e somos muito conservadores nas nossas decisões', afirmou o diretor-executivo da Agrale, Rogério Vacari.
Hoje, a empresa perde com os custos de frete ao transportar os produtos do Sul para o resto do país. A nova unidade oferecerá ganhos de logística para baixar os custos de distribuição. 'Temos custos logísticos muito complicados no Sul. Vamos melhorar nossa competitividade', frisou Zattera.
 
 
Equipamentos
 
A Volare trabalha deve iniciar a produção de ônibus em janeiro, com média de 4 por dia. A Agrale afirma que estará pronta para entregar quantos chassis a parceria pedir. Em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, a Agrale produz 35 chassis/ dia. A empresa é líder na produção de chassis e tratores leves. Também lidera o mercado de fornecimento de viaturas militares para Forças Armadas do Brasil e do exterior.
 
'Temos por hábito usar os serviços do entorno. Criaremos emprego e renda e, claro, aumentar o volume de tributos', frisou Zattera.
A companhia pretende se consolidar no mercado de chassis em São Mateus para, em seguida, se dedicar à produção de caminhões, tratores e veículos militares. A primeira fase do plano terá 7,5 mil m² de área construída. São previstos, no futuro, 20.000 m².
 
O prefeito de São Mateus, Amadeu Boroto, participou da assinatura do protocolo de intenções no Palácio Anchieta e comemorou o novo investimento. 'É fruto de um trabalho intenso que estamos fazendo há dois anos. A vinda da Marcopolo facilita negociações', comentou.
 
 
Agrale vai exportar a partir do Espírito Santo
 
A unidade produtiva de chassis e veículos da Agrale em São Mateus será a quinta da fábrica, prevista para iniciar o funcionamento em 2015. Três estão em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, e a quarta na Argentina.
 
Empolgados com a nova localização geográfica, na região Sudeste, e com a redução dos custos de distribuição que vêm a reboque, os empresários estimam exportar os produtos para o exterior a partir do Espírito Santo. A empresa também almeja negócios no Nordeste do país.
 
'Nossa empresa é tradicional exportadora. Provavelmente, exportar pelo Espírito Santo será mais econômico que pelo Rio Grande do Sul', informou o diretor-presidente da Agrale, Hugo Zattera.
 
 
Sobre a empresa
 
A Agrale e suas subsidiárias fazem parte do Grupo Stedile, que atingiu, em 2013, vendas no total de R$ 1,72 bilhão, dos quais R$ 1,25 bilhão da Agrale. O grupo conta com 3.600 empregados diretos e 11 estabelecimentos industriais no país e exterior. Atua principalmente nos setores automotivo, de material e defesa e segurança, maquinário agrícola, movimentação de materiais, geração de energia, alimentar e agrícola.
 
 
Fonte: Adaptamos notícia veiculada onte, pelo jornal diário A Gazeta, de Vitória, o de maior circulação no estado vizinho. 
 
Colaboração: Marko Ajdaric
 
 

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