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Itabuna: a Nestlé é denunciada por práticas antissindicais

Geral, 17 de Junho de 2014 às 09:29h

Em carta enviada à casa dos 340 funcionários da unidade de Itabuna, na Bahia, a Nestlé, uma das maiores multinacionais do setor alimentício e patrocinadora da Copa do Mundo, ameaça a quem não aceitar abrir mão de direitos e melhorias salariais, numa flagrante violação à lei e às normas internacionais do trabalho.
 
No seu comunicado, a direçõ da empresa coage os funcionários a realizar uma assembleia para aprovar a sua proposta. Os trabalhadores reivindicam piso salarial único para todas as unidades e reajuste salarial de 9%, mas a multinacional oferece 7,5%, um aumento real de somente 0,5%.
 
A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação denunciou o “crime antissindical da Nestlé” e alerta que, caso a empresa persista neste descaminho, fará uma denúncia formal à Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Confiando na impunidade, a multinacional está agindo com prepotência, jogando o terror sobre os trabalhadores e suas famílias”, condenou Siderlei de Oliveira, presidente da Contac.
 
Conforme Eduardo Sodré, dirigente do SindiAlimentação de Itabuna, a diferenciação de piso salarial nas diversas unidades revoltou os trabalhadores: o piso para funcionários da Nestlé na Bahia é de R$ 1.075,00, contra R$ 1.100 de Minas Gerais e R$ 1.240 de São Paulo. Segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo necessário em maio era de R$ 3.079,31.
 
Uma assembleia nesta terça-feira (17) vai decidir sobre a paralisação das atividades em Itabuna.
 
 
Fonte: Sind'Ladrilhos Bahia
 
Colaboração: Marko Ajdaric

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