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Metalúrgicos de Caxias do Sul entram em campanha salarial

Geral, 20 de Maio de 2014 às 10:54h

As dificuldades econômicas alegadas pelos barões da indústria caxiense — que motivaram, inclusive, algumas gigantes do setor a adotar a flexibilização da jornada de trabalho nas últimas semanas — foram questionadas nesta segunda-feira pela diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região.
 
Pela manhã, a entidade promoveu um encontro para detalhar a campanha salarial 2014 às autoridades locais e à imprensa.
 
Na ocasião, Assis Melo, presidente do sindicato dos trabalhadores, afirmou que há no país uma "tentativa de se construir uma crise". Para o dirigente e pré-candidato a deputado federal pelo PCdoB, os argumentos de desaceleração no setor industrial são para "diminuir a autoestima do povo".
 
— Notamos uma tentativa de intimidação e essa é a lógica do capital: intimidação e apavoramento — destaca Assis.
 
Para reforçar a ideia de que a indústria não passa por um momento delicado, David Fialkow Sobrinho, assessor econômico da entidade dos trabalhadores, apresentou alguns dados no detalhamento da campanha salarial. Randon, Agrale e Marcopolo, por exemplo, citou ele, cresceram no último ano.
 
— A posição empresarial tem dupla face. Uma coisa é o discurso que fazem para nós (trabalhadores) e outra completamente diferente é o apresentado para os investidores — pontua o economista.
 
Fialkow também admitiu que o primeiro trimestre foi de queda na indústria local, mas segundo ele, o período sempre é o pior do ano em função das férias e do Carnaval. O segundo semestre, ressalta, é sempre melhor.
 
— O que queremos mostrar é que a trajetória da indústria caxiense é ascendente com oscilações momentâneas. A isenção e a técnica, portanto, não recomendam tomar o episódio de baixa como tendência — explicou.
 
Ainda conforme o estudo de Fialkow, os salários e remunerações representam 12,6% de peso no total da Receita Líquida de Vendas das empresas do setor metalúrgicos e que, portanto, uma elevação de 13,5% — índice sugerido pelo Sindicato dos Trabalhadores — resultaria em um acréscimo de 1,7%.
 
As principais reivindicações de nossos colegas são:
 
Reajuste de 13,5%
Piso de R$ 1.500
Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais
Transporte e alimentação subsidiados
Auxílio-creche para crianças de até 5 anos
Igualdade salarial entre homens e mulheres no caso de mesma função
Auxílio-lanche para estudantes
Contratação de mensalistas como horistas
Intervalos de 10 minutos a cada 2 horas trabalhadas, conforme a Norma Regulamentadora 15
Aplicação da NR, 12 que trata da segurança no trabalho
 
 
Fonte: adaptamos do  site do jornal diário O Pioneiro, de Caxias do Sul
 
Colaboração: Marko Ajdaric

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