Centrais sindicais, sindicalistas e trabalhadores da Gerdau estiveram reunidos em Niterói (RJ), no final do mês de abril.
Trabalhadores da Gerdau, das diversas unidades do Brasil, e representantes sindicais estiveram reunidos em mais um Encontro Nacional do Comitê de Trabalhadores da Gerdau, nos dias 24 e 25 de abril. O evento aconteceu na sede da Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro e teve como um dos principais pontos de discussão, a estratégia para a organização e discussão de redes sindicais em relação aos problemas e denúncias relatados por trabalhadores nas diversas unidades da empresa no país.
O evento contou com a presença de Francisco Dal Prá, Presidente da Federação dos Metalúrgicos do RJ/FS, Carlos Albino, presidente do Simecat, e o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Everaldo Santos, representando a coordenação estratégica de redes. Além deles, Robison Rosa, metalúrgico de Simões Filho e representante da CTB, Ubirajara Freitas (Bira), representando a CUT, e Gilberto, Coordenador da Rede, também estiveram presentes.

Durante o encontro, Francisco Dal Prá enfatizou a recente criação da Coordenação Estratégica de Redes Sindicais, como ação estratégica para a organização e discussão de redes sindicais. Em seguida, foram feitas as apresentações de cada uma das unidades pelos dirigentes e, posteriormente, o Técnico do Dieese Roberto Anacleto fez uma breve apresentação sobre o setor siderúrgico e sobre a Gerdau, seguida de um debate sobre a exposição.
Além disso, foi elaborado um documento que será apresentado as Confederações e, após aprovação, será entregue a Gerdau. Foi elaborado um quadro comparativo de informes das plantas, de onde foi tirado um plano de ação para o ano de 2014. Com isto, as base sindicais irão implementar esse plano junto aos trabalhadores das unidades da empresa no Brasil.
Para Robison Rosa, a rede é uma ferramenta de denúncia para o trabalhador, que, muitas vezes, é explorado pela Gerdau com o objetivo de aumentar o lucro da empresa em todas as suas unidades, como por exemplo, no Programa de Ideias e no programa GSP. Nestes programas, o trabalhador emite sugestões que geram lucros altos para a Gerdau. Lucros estes que não são repassados para os trabalhadores em questão, o que caracteriza “usurpação do conhecimento”.
“A rede vai auxiliar no combate deste tipo de exploração, onde o trabalhador tem o seu direito autoral negado, contrariando leis vigentes no país. Além disso, é também um instrumento de união e organização dos trabalhadores, com o objetivo de trazer benefícios e melhores condições de trabalho, independente da região onde a Gerdau atua.”, explica Robison.
Participaram do encontro os trabalhadores das seguintes unidades da Gerdau: Sorocaba (SP), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Ouro Branco (MG), Simões Filho (BA), Cotia (SP), Guarulhos (SP), São Leopoldo (RS) e Pindamonhangaba (SP).