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Trabalhadores são tratados de forma desumana na Rótula

Geral, 22 de Abril de 2014 às 15:24h

 
Os trabalhadores de três empresas metalúrgicas de Salvador procuraram o Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia para denunciar diversas irregularidades no ambiente de trabalho praticadas pelas empresas Rótula Metalúrgica, Engenharia e Soluções em Aços LTDA, que dividem o mesmo galpão e são regidas pela mesma administração. 
 
Segundo as denúncias, os colaboradores recém-contratados exercem atividades em espaço confinado expostos aos gases provenientes do processo de soldagem sem nenhum auxílio de equipamentos mecânicos para a dispersão da substância e não recebem insalubridade. 
 
Problemas em relação a direitos trabalhistas são muitos. O funcionário só é avisado que suas férias estão vencidas, uma semana antes do prazo determinado pela CLT, o que acarreta em mais de 20 dias de atraso na informação, já que, de acordo com a lei, o trabalhador deve ser informado com 30 dias de antecedência. Por falar em atraso, o trabalhador que chega depois do horário recebe um desconto de cinco horas ou mais em seu salário. Isso se o supervisor não o mandar voltar para casa e cortar seu dia.
 
Plano de saúde só existe para o setor administrativo. Não há fornecimento de café da manhã nem de almoço e a cesta básica oferecida chega a um valor de R$ 30,00 para o mês inteiro. Os salários estão defasados em comparação as demais empresas. 
 
O assédio moral corre solto no chão de fábrica por parte da supervisão. As empresas estariam demitindo operadores de ponte rolante e colocando funcionários sem qualificação para exercer a atividade. Quando um funcionário desses se recusa a operar a ponte, o supervisor alega que o trabalhador está fazendo corpo mole, faz ameaças de demissão e sobrecarrega o colaborador colocando-o para trabalhar além de sua carga horária. Absurdo!
 
Na parte física das empresas também existem problemas. Não há bancos nos vestuários, pois, um supervisor de produção entendeu que se houvessem tais objetos, os trabalhadores ficariam sentados no horário do expediente. Para calçar os sapatos, o trabalhador precisa se escorar no armário ou parede do local. Área de descanso após almoço é lenda.
 
Além disso, as empresas não têm o hábito de fazer a manutenção preventiva nos equipamentos. Há poucos dias, uma ponte rolante em movimento caiu, totalmente, no chão, quando estava em operação. Por sorte e proteção Divina, o acidente não fez vítimas.
 
O descaso com o trabalhador do setor de produção é tanto que há discriminação, até mesmo, na água oferecida pelas empresas. No setor administrativo se bebe água mineral engarrafada, no chão de fábrica a água oferecida é transportada em um tanque que está oxidado na parte interna e com a presença de pó metálico. A água destinada para higiene pessoal é carregada de cloro.
 
Os trabalhadores alegaram ainda, que vivem sob um regime ditatorial e que são tratados de forma desumana, sem poder cobrar os seus direitos. Quando o fazem, são taxados de tumultuadores e ameaçados de demissão. 
 
Diante de tão absurda situação, o Sindicato elaborou uma pauta com as diversas denúncias e deve apresentar as empresas o mais rápido possível para que uma mesa de negociação seja formada. “Não permitiremos que tais abusos continuem acontecendo o chão de fábrica. Se as empresas não negociarem para que haja soluções, a Justiça será acionada”, relata um diretor do Sindicato.

 

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