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Vale trata os trabalhadores de turno como bichos e Oretec atrasa salários

Geral, 10 de Abril de 2014 às 09:02h

Empresas desrespeitam os trabalhadores. Terceirizada não permite que seus trabalhadores sejam representados pelo Sindicato dos Metalúrgicos.

 
O Sindicato dos Metalúrgicos de Simões Filho esteve na porta da siderúrgica Vale do Rio Doce nesta terça (08), para discutir problemas denunciados por trabalhadores de turno da empresa e de funcionários da Oretec, empresa terceirizada. Atrasos de salários, problemas na representação sindical e o descaso com a alimentação foram as principais reivindicações.
 
Segundo informações dos trabalhadores de turno, a Vale os trata quase como cachorros. A forma de fazer o café da manhã mudou e vem causando um sério desconforto para o trabalhador, que está proibido de usar o refeitório e recebe a alimentação dentro de um saco. A refeição se resume em dois pães e um copo de suco.
 
O Sindicato lembra a empresa que está se aproximando o vencimento do acordo de turno e este tipo de tratamento dado pela Vale dificulta uma possível renovação do acordo. “Fica difícil renovar com a empresa diante deste fato. Fora que, os contratados se veem no direito de desfazer dos companheiros que trabalham de turno”, informa um diretor do Sindicato.
 
 
 
Oretec 
 
De acordo com as denúncias dos trabalhadores, a  empresa não definiu uma data para o pagamento dos salários. O trabalhador deveria receber o valor mensal, todo quinto dia útil do mês, mas, na prática, isto não acontece. Nunca se sabe ao certo qual é o tal quinto dia útil para a empresa. 
 
Além de atraso de salários, a representação sindical tem sido um dos problemas principais na revindicação dos trabalhadores que entendem exercer atividades de metalurgia, fato que coincide com o pensamento do Sindicato, já que eles trabalham no processamento de escória.
 
Amparado pelo jurídico, a empresa alega ser do ramo de logística e não de metalurgia. Segundo o Sindicato, a partir do momento que o trabalhador movimenta o trabalho final, o ferro, ele se torna um metalúrgico. Além do mais, os trabalhadores querem ser representados pela entidade e seguir a convenção metalúrgica.
 
Por conta disso, a entidade tem buscado a direção da Vale para discutir os problemas, e a Oretec vem fugindo da discussão, alegando orientações do seu corpo jurídico. Diante da demora por uma mesa de negociação com as duas empresas, o Sindicato se vê obrigado a pensar em soluções mais duras. “Será que temos de buscar os meios da paralisação na porta da fábrica? Sempre estivemos abertos a negociações para sanar os problemas inerentes às denuncias, mas as empresas parecem não querer cooperar”, explica um diretor da entidade.
 

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