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Mercedes Benz: PDV para 2.000 metalúrgicos e férias coletivas para 200

Geral, 08 de Abril de 2014 às 08:54h

A Mercedes-Benz abriu ontem um PDV (Programa de Demissão Voluntária) na fábrica de São Bernardo (no Grande ABC, ao lado da capital de São Paulo), para reduzir o excedente de trabalhadores nessa unidade que, segundo a direção da montadora, seria de cerca de 2.000 colegas. O programa é focado nos cerca de 9.500 metalúrgicos horistas, exatamente os da área de produção.

Com prazo até 9 de maio para 'adesões', o PDV tem, dentro do grupo dos horistas, o foco prioritário nos trabalhadores que já poderiam se aposentar. Por isso mesmo, a empresa oferece mais 'vantagens' para o desligamento dos mais antigos na fábrica, com benefícios crescentes de acordo com o tempo de casa e a idade.

Para aderir, é preciso ter mais de três anos de Mercedes, e os que se encaixarem nesse critério e decidirem participar do programa terão, no mínimo, quatro salários adicionais (além das verbas rescisórias normais). Além desses recursos, os que optarem por se demitir até 12 de maio ganharão, pelo menos, mais quatro salários (ou seja, ao todo, oito); se preferirem sair até junho, receberão mais dois e meio (ou seja, terão direito a seis e meio, no total) e, se quiserem ficar até julho, terão só um a mais (totalizando cinco).

A companhia não detalhou a tabela progressiva, mas informou que os empregados com 60 anos de idade e mais de 30 de casa que resolverem deixar a montadora até dia 12 de maio receberão 19 salários a mais, ao todo.

De acordo com dados do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o salário médio da categoria na região é R$ 4.500. Com essa renda, quem se demitir pelo pacote, teria direito a, pelo menos, R$ 22.500 a mais (se optarem pelo desligamento em julho).

 
FÉRIAS -

A Mercedes-Benz também informou ontem que vai dar férias coletivas, de 20 dias, para cerca de 200 operários da área de CKD (veículos desmontados destinados à exportação). Metade deles sai dia 28 e retorna dia 18 de maio. Os restantes descansam de 19 de maio a 8 de junho. Além deles, parte da área de caminhões (que totaliza 2.000 colegas) entrará em licença remunerada dia 5 de maio, mas os detalhes em relação a esse grupo ainda estão sendo negociados com o sindicato.

Segundo a direção da montadora, 'as medidas são necessárias por causa do cenário de resultados fracos do setor neste ano'. No primeiro trimestre, as vendas de caminhões zero-quilômetro no País tiveram retração de 11% em relação ao mesmo período de 2013.

Adaptamos notícia escrita por Leone Farias, do Diário do Grande ABC

colaboração: Marki Ajdaric

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