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Colegas da Gerdau atrasam turnos por problemas na segurança

Geral, 02 de Abril de 2014 às 08:32h

Os trabalhadores da Gerdau atrasaram entradas de turno na quinta e sexta-feiras, dias 27 e 28 de março, para protestar contra as condições inseguras que a direção da empresa tem implementado dentro da fábrica, entre outros problemas. Um incêndio de grandes proporções* também ocorreu no mês passado.
 
O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba critica algumas decisões da gerência da Gerdau de Pindamonhangaba que têm prejudicado a segurança, como a retirada dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) de dentro das áreas, principalmente nas de Laminação 1 e 2, e concentrá-los no Almoxarifado Central, dificultando o acesso dos trabalhadores.
 
Para o presidente do sindicato, Renato Marcondes – o 'Mamão', a direção da empresa se preocupa mais em encontrar formas de pressionar e punir os operários do que em melhorar as condições de trabalho. 'Enquanto a direção da empresa gasta dinheiro instalando câmeras nas áreas e controle de ponto em todos os ônibus, os trabalhadores estão sofrendo com a falta de efetivo, fazendo esforço exagerado, sofrendo lesões nos ombros, na coluna, e ainda correndo risco com a falta de equipamentos de proteção', disse o presidente.
 
Outro problema que tem revoltado os trabalhadores é o fechamento do restaurante do setor PLP nos turnos da tarde e da noite, 'para redução de custos'. Há problemas até envolvendo questões mais simples, como atrasos na entrega do PPP (documento necessário para dar entrada na aposentadoria) e até a falta de depósito do FGTS para trabalhadores que se acidentaram.
 
*No dia 2 de março, um incêndio de grandes proporções queimou toda a área de um dos fornos da aciaria. Foram necessários seis bombeiros para conter as chamas. Uma das possíveis causas foi o acúmulo de tambores de óleo em uma sala fechada, que pode ter, com o tempo, gerado um gás altamente inflamável. Por sorte, ninguém se feriu.
 
 
Com informações de CUT
 
Colaboração: Marko Ajdaric
 

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