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Entrevista com o presidente reeleito do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim (MG)

Geral, 26 de Março de 2014 às 08:51h

A chapa 1 – Garra Metalúrgica, da CTB, foi reeleita para um novo mandato com uma votação expressiva de 98,87% dos votos válidos, a eleição para renovação da diretoria do  Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e São Joaquim de Bicas, em Minas Gerais.
 
Conforme registro publicado pelo site da nossa central sindical, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil):
 
A apuração dos votos foi realizada na última sexta-feira (14), no Clube dos Metalúrgicos, em Betim, após três dias de eleições, realizadas entre os 12 e 14.
 
Em discurso após a divulgação do resultado, o presidente reeleito do Sindicato, João Alves de Almeida, ressaltou que a reeleição 'aumenta a responsabilidade da entidade na condução das lutas em favor dos interesses dos trabalhadores da categoria'.
 
Eleito para o seu segundo mandato consecutivo à frente do Sindicato, o presidente João Alves de Almeida conversou, após a confirmação da vitoria da chapa. Na entrevista, João Alves destacou a importância da vitória da Chapa da CTB, falou da renovação nos quadros de direção da entidade e destacou os inúmeros desafios que a categoria tem pela frente nos planos local e nacional.
 
Ele também ressaltou a importância de se garantir mais um mandato de Dilma Rousseff na presidência da República e conclamou pela unidade dos trabalhadores em torno de bandeiras de luta em comum, em nível nacional. Por fim, afirmou acreditar ser necessária a ampliação da unidade e participação do trabalhador na vida do Sindicato. 'O que move o Sindicato são os trabalhadores, que devem estar mobilizados nas fábricas e unidos à entidade para avançarmos nas lutas e conquistas'. Confira a entrevista:
 
O que representa esta vitória, que estará novamente à frente do Sindicato pelos próximos três anos?
 
Em primeiro lugar, é uma responsabilidade muito grande que nos é delegada pelos milhares de metalúrgicos e metalúrgicas sócias do Sindicato, aos quais, aliás, agradecemos pelos votos. É uma vitória que só aumenta ainda mais nosso dever e compromisso de continuar zelando com transparência pelo patrimônio da categoria, e, claro, de seguir adiante na luta em favor de melhores condições de trabalho para os metalúrgicos, uma vez que temos enormes desafios pela frente.
 
Houve uma renovação importante nos quadros diretivos da entidade para o próximo mandato?
 
Sim. Conseguimos uma renovação de 25% no quadro de diretores, com metalúrgicos oriundos da Fiat, Toshiba, Nemak, Terex Ritz, SAE Towers, dentre outras, porque consideramos que é importante esta oxigenação de ideias e o surgimento de novas lideranças nas fábricas.
 
Que desafios apontaria como os principais a serem enfrentados pelos trabalhadores, particularmente em Betim e Região?
 
O primeiro, que era a eleição no Sindicato, já saímos vitoriosos, uma vez que conseguimos a reeleição da Garra Metalúrgica. No plano local, temos o desafio de continuar a lutar contra o sistema e o ritmo de produção acelerado e desumano nas empresas, que colocam em risco, diariamente, a saúde e a integridade física dos trabalhadores, como, lamentavelmente, o que ocorreu na Tower e na Rossetti na semana passada. As empresas apostam na redução de custos via demissão de trabalhadores e passam a manter o mesmo ritmo de produção, como é o caso da Magna e de outras fábricas, o que, também, favorece a ocorrência de acidentes graves. Além disso, vamos lutar em defesa de salários mais dignos, por mais democracia, contra a ilegalidade do banco de horas e por uma maior valorização dos metalúrgicos.
 
Outro desafio são as eleições ge¬rais de outubro, não é mesmo?
 
O ano de 2014 é ímpar na história do Brasil, porque, além da Copa do Mundo, evento que atrairá os olhares de todo o mundo para o país, e que nos deixará um legado importante do ponto de vista da melhoria da infraestrutura, teremos as eleições. Nós acreditamos que dar à Dilma Rousseff mais um mandato à frente do país será a quarta vitória do povo brasileiro, para que possamos manter, fortalecer e avançar na luta das forças progressistas que governam nosso país, para impedir o retrocesso de setores conservadores e ampliar as conquistas e direitos da classe trabalhadora.
 
E do ponto de vista das lutas de caráter mais nacional?
 
Outras lutas continuam na ordem do dia e exigem a unidade dos trabalhadores e das várias centrais sindicais do país para lutar contra o fim do Fator Previdenciário, pela redução da jornada de trabalho sem diminuição dos salários, combater o PL 4330, que permite a terceirização sem limites, dentre outras. Além disso, é preciso reforçar as bandeiras de luta definidas pela Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), que une as centrais sindicais em torno de reivindicações comuns. Particularmente, é compromisso da Chapa 1 – Garra Metalúrgica à frente do Sindicato, a defesa de um projeto nacional de desenvolvimento, com valorização do trabalho, dos trabalhadores, da renda, com mais democracia e pela soberania nacional, para aprofundar ainda mais as impor¬tantes mudanças que estão em curso no país no governo Dilma.
 
De que maneira os trabalhadores podem, de fato, contribuir para estas lutas?
 
O Sindicato são os trabalhadores. O que move o Sindicato é o apoio e a participação dos trabalhadores na vida da entidade, em todos os seus momentos. Portanto, é preciso que os trabalhadores participem das assembleias, reuniões, seminários e demais atividades e façam valer seu livre direito constitucional de ser sócio de uma entidade, ter vez e voz na condução dos rumos do Sindicato. Além disso, com as redes sociais, os trabalhadores têm maiores possibilidades de ampliar os contatos com o Sindicato, dando opiniões, fazendo críticas e participando ativamente da vida da entidade.
 
 
Colaboração: Marko Ajdaric
 

 

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