Todo o Brasil ficou sabendo como os atuais ocupantes do governo de São Paulo mantinham negócios escusos com a Siemens Nós vamos mostrar, em vários fatos, que esta não é uma conduta isolada. Segunda, tem mais...
CENA 1: o jornal Público , consistente veículo diário de Portugal, noticiou, em abril deste ano:
A multinacional [Siemens] está em processo de reestruturação, prevendo a saída de cerca de 3000 trabalhadores no âmbito do plano implementado no ano passado para poupar 6000 milhões de euros até 2014. Na Alemanha, a empresa conta reduzir 500 postos de trabalho, aos quais se juntam mais 2.200 das áreas administrativas e vendas da divisão industrial, bem como outros 310 postos de trabalho na Índia e no Paquistão.
CENA 2: de acordo com o Brasil de Fato, jornal online e de papel que é das melhores trincheiras dos brasileiros contra as desinformações dos poderosos, nos desenvolve o tema dos recentes escândalos envolvendo a empresa, de origem alemã metalúrgica, com o governo tucano de São Paulo
Na última semana, uma espécie de denúncia-premiada feita pela transnacional alemã Siemens escancarou um esquema de corrupção levado a cabo há 20 anos pelo PSDB, em São Paulo.
A transnacional alemã revelou que o esquema, iniciado no governo Mário Covas e mantido por Serra e Alckmin, envolve volumosas propinas pagas ao PSDB por um cartel de 11 empresas transnacionais.
A francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui são algumas das empresas que fazem parte do esquema delatado pela Siemens.
A Siemens – que também fazia parte do esquema – revelou que as empresas venciam concorrências com preços superfaturados para a manutenção e a aquisição de trens e para a realização das obras de expansão de linhas férreas tanto da CPTM, quanto do Metrô.
Segundo investigações concluídas na Europa, a teia criminosa, também vinculada a paraísos fiscais, teria onerado os cofres públicos paulistas em 50 milhões de dólares (o equivalente a R$ 110 milhões).
Campanhas eleitorais
Ademais, informações recentes de um inquérito realizado na França apontam que parte da verba movimentada nas fraudes seria para manter a base sólida do esquema no Brasil, formada pelos governadores tucanos, funcionários de alto escalão do governo, autoridades ligadas ao PSBD e diversas empresas de fachadas montadas para atuar na trama.
Na tentativa de manter o esquema funcionando, as campanhas dos candidatos ao governo do estado pelo PSDB também teriam sido financiadas com esse dinheiro.
“Não dá para manter uma armação dessas sem uma base, um alicerce que garanta a continuação das falcatruas. Por isso, José Serra e Alckmin, que se alteram no poder nos últimos anos, estão intimamente cados e ligados a essa tramoia”, acusa Simão Pedro, secretário municipal de Serviços Um dos executivos da Siemens, que prestou depoimentos ao Ministério Público paulista confirma as acusações de Simão.
“Durante muitos anos, a Siemens vem subordinando políticos, na sua maioria do PSDB e diretores da CPTM”, relata. A situação já é investigada e denunciada com vigor desde 2008 por países europeus. Porém, no Brasil, algo parece amarrar o andamento de 15 processos já abertos pelo Ministério Público, só em São Paulo.
Por que a Siemens delatou?
A delação da Siemens teria o interesse de levar vantagens sobre seus concorrentes para avançar em licitações públicas futuras com mais facilidade
Ao expor à justiça os detalhes do cartel formado por diversas transnacionais para avançar sobre licitações públicas envolvendo o metrô de São Paulo e os trens da Companhia Paulista de Transportes Metropolitano (CPTM), a empresa alemã Siemens ficará livre de possíveis processos referentes ao caso.
Para o deputado federal Ivan Valente, não resta dúvida de que a Siemens agiu muito mais em busca de uma situação favorável a ela do que por um sentimento de honestidade ou arrependimento por fazer parte das irregularidades.
“A atitude da Siemens é a tentativa de limpar a barra dela caso a situação viesse a público de outra forma, ainda mais nesse clima anticorrupção que vivemos nas ruas”, pensa o deputado.
Ademais, a Siemens teria a intenção de formar um clima favorável para ganhar futuras licitações públicas no âmbito do transporte público na esteira dos grandes eventos esportivos, Copa do Mundo e Olimpíadas.
Não por acaso, as empresas denunciadas pela Siemens – Alstom, Bombardier, CAF e a Mitsu – apresentaram projetos para as obras do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, que será licitado em agosto.
“Por isso, de olho nos diversos negócios futuros no Brasil, a Siemens não queria se comprometer”, conclui Valente
Como sabemos, a vida das empresas transnacionais é pautada por atitudes como esta: corrupção de governos e descarte dos trabalhadores a qualquer indício de que as gestões 'geniais' de seus CEOs não deu certo.
No caso da SIEMENS, temos uma longa história de desrespeito com as leis e com os trabalhadores e trabalhadoras, dos quais destacamos alguns fatos, em especial, os que trazem aspectos de sua relação com os metalúrgicos.
CENA 3: 2005/2010
A Siemens VDO foi investigada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e levada a pagar uma multa de R$ 12.000.000, acusada de ter ingressado com ações na Justiça para afastar seus concorrentes no mercado de tacógrafos.
CENA 4: 2008
São Paulo: a Siemens demitiu seis trabalhadores com problemas de LER (Lesões por Esforços Repetitivos) depois que eles receberam alta médica, e não reconhece o nexo da doença com o trabalho. Os trabalhadores ficaram afastados por até quatro anos sem receber a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). Em protesto ao que considera uma irregularidade, o Sindicato de São Paulo promoveu um protesto na porta da fábrica, com a distribuição de um boletim aos trabalhadores, denunciando a empresa.
As demissões foram suspensas.
Cenas 5, julho de 2011
Segundo o Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista
A Siemens Vais alegou estar encerrando as atividades até o final daquele mês, motivada pela perda do contrato de prestação de serviços que tinha com a Usiminas. Parte dos trabalhadores já foi desligada e, em alguns casos, ainda não tiver suas rescisões homologadas.
Edição e clipagem de Marko Ajdarić
Natan teve uma longa e ativa trajetória na história dos Metalúrgicos na Bahia.
28 de abril – Dia Mundial em Memoria das Vitimas de Acidentes e Doenças do Trabalho
Decisão une Sindicato ao Ministério Público em favor aos trabalhadores.
Trabahadores estão satisfeitos com a ação do Sindicato em relação as melhorias negociadas com a RDA.
Empresa queria demitir grande número de trabalhadores mas o Sindicato agiu rápido e mudou a situação.
Facilitador da empresa estava assediando trabalhadores e o Sindicato cobrou uma atitude da Gerdau.
Nova norma (MTP nº 4219) determina que, tenha, pelo menos, 1 funcionário em todas empresas que cuide da prevenção e cuidados para este tipo de caso.
Dados da pesquisa realizada pelo PNAD mostram que no trimestre encerrado em outubro do ano passado, o número de desempregados era o mesmo de agora.
Empresa veio ocupara o lugar de antiga terceirizada na Oxiteno e pretendia reduzir salários e vale alimentação dos trabalhadores.
Empresa anunciou paralisação das atividades em fábrica de Camaçari, por tempo indeterminado.