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Lear quer demitir 150 trabalhadores com “benção” da Ford

Geral, 20 de Março de 2014 às 15:44h

 
 
Por conta de estratégias e decisões arbitrárias do Complexo Ford, a Lear quer demitir 150 trabalhadores, dos 470 que atuam na empresa. O fato foi comunicado ao Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, em reunião realizada nesta quarta-feira (19), onde a entidade também já iniciou as negociações para evitar as demissões.
 
Durante a reunião, a Lear informou que perdeu contratos importantes com a Ford, como a produção de estofados do Eco Sport, que foi transferida para Minas Gerais. Para o Sindicato, essa decisão é absurda e mostra a falta de respeito com o trabalhador e de responsabilidade social. Qual a razão de transferir esse serviço para outra unidade a não ser trazer desemprego para o Complexo Ford Camaçari? 
 
Para o presidente do Sindicato, Júlio Bonfim, não há motivos para essa mudança. “Os trabalhadores não podem pagar pela falta de gestão e planejamento do Complexo Ford. Retirar essa produção daqui, por exemplo, é um erro, um abuso com a paciência do operário no chão de fábrica”, explica.
 
Além do estofado, a Lear também perdeu a produção dos bancos do novo Ford K, que será feita pela Resil. “Uma das medidas que cobramos na reunião é que parte desse pessoal da Lear seja absorvida pela Resil, para evitar o desemprego e garantir o sustento de dezenas de famílias. Vamos continuar lutando para que o restante também seja incorporado pelo próprio Complexo Ford”, destaca Júlio Bonfim.
 
Ainda de acordo com Júlio, as negociações continuam permanentes para que seja possível encontrar outras saídas para os problemas provocados pelo próprio Complexo Ford. “A Ford não pode tomar decisões arbitrárias, traçar novas estratégias comerciais e mandar a conta para os trabalhadores daqui. Não aceitaremos demissões”, finaliza.
 

 

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