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Metalúrgicos de estaleiro são perseguidos no Rio de Janeiro

Geral, 14 de Março de 2014 às 08:26h

Angra dos Reis (RJ)

A política adotada pela empresa Brasfels, de considerar seus ex-operários 'inaptos' para retornar ao estaleiro, independente dos motivos que levaram cada metalúrgico a se desligar da empresa, parece que não chegou ao fim, apesar de a direção do estaleiro ter garantido aos vereadores que a prática havia acabado e que cada caso seria avaliado.
 
Os parlamentares já realizaram duas audiências públicas para tratar da questão e principalmente dois deles, Helinho do Sindicato (PC do B) e Chapinha do Sindicato (PSD), que são metalúrgicos e fazem parte da diretoria do sindicato da categoria da região.
 
No dia 11, durante a sessão ordinária da Câmara de Angra dos Reis, um metalúrgico desempregad,o Alessandro Moreira Pereira, casado e pai de uma menina de 4 anos, utilizou a tribuna para denunciar que foi vítima da chamada 'ficha suja'. Segundo ele, há quatro anos saiu da cidade para desempenhar sua função de supervisor de tubulação em um estaleiro no sul do país, porque em Angra ele, apesar de ser técnico, era contratado como auxiliar. Agora quis voltar e já tinha, inclusive, feito exames para sua admissão na empresa, quando recebeu uma ligação de alguém o avisando que seu nome tinha restrição e que não seria mais admitido.
 
Além de Alessandro, outros 30 metalúrgicos se encontravam dentro do plenário Presidente Benedito Adelino, com a mesma reclamação, como Wagner Elias Alevato, de 37 anos, encanador e técnico em segurança do trabalho. No caso dele, a demissão foi em comum acordo com a direção da empresa, que - na época (2012) - teria que demitir vários trabalhadores por 'contenção de despesas', prática comum em estaleiros quando uma grande obra é entregue, até que outra seja iniciada. Ele também já havia feito exame pré admissional e recebeu a notícia de que estava na lista de nomes com 'ficha suja', poucos minutos antes da sessão na Câmara.
 
Todos os vereadores se agitaram e falaram a respeito, principalmente questionando sobre a participação do executivo na discussão, já que a prefeitura concede anistia fiscal à empresa para a mesma funcionar na cidade.
 
Com informações de A Voz da Cidade
 
Colaboração: Marko Ajdaric

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