Receio de esvaziamento da fábrica preocupa e faz Sindicato dos Metalúrgicos acionar lideranças política em Minas Gerais. A empresa está com a capacidade produtiva baixa e está demitindo de cinco a dez trabalhadores por mês.
As demissões na planta juiz-forana, a possível transferência da distribuição e do faturamento de veículos importados da cidade para Iracemápolis, em São Paulo, e indicativo de 30 dias de férias coletivas para os funcionários locais foram motivos suficientes para que entidades de classe que representam os metalúrgicos acionassem lideranças políticas.
O receio é de um possível esvaziamento da fábrica, que hoje utiliza cerca de 35% da sua capacidade produtiva, fabrica dois caminhões e mantém entre 800 e 850 funcionários, sendo que já chegou a ter mais de mil. Na sexta-feira (dia 7), não houve produção na cidade, sendo concedida licença remunerada a operários.
Na terça-feira, está agendada reunião com o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges. No dia 19, está prevista uma audiência pública na Câmara Municipal de Juiz de Fora para tratar do assunto.
Conforme o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, João César da Silva, desde setembro do ano passado, a montadora está fazendo entre cinco e dez cortes todos os meses na planta local. Em conversa com executivos da empresa nesta sexta, o presidente teria recebido a informação de que seria necessário fazer mais demissões na cidade, além da previsão de férias coletivas, ainda sem data para começar. Segundo João César, a categoria quer discutir a criação de um Programa de Demissão Voluntária (PDV), para que os cortes não sejam aleatórios e possam seguir um "critério de justiça" . "Os trabalhadores estão inseguros." Em função disso, comenta, o sindicato está buscando apoio para a causa. "É uma situação que chama a atenção e preocupa." O temor, segundo ele, é que exista uma política de esvaziamento da unidade em curso.
O diretor da Federação Estadual dos Metalúrgicos de Minas Gerais, Júlio César Franca de Oliveira, considera que os cortes em Juiz de Fora estão "em um nível bastante acentuado, fora do normal". Só nos dois primeiros meses do ano, exemplifica, já teriam acontecido mais de 30 dispensas na cidade. O excedente contabilizado pela empresa ainda seria superior a cem trabalhadores. "A situação nos preocupa, porque a empresa já é enxuta." Conforme Júlio César, informações extraoficiais dão conta de que teria havido redução estimada em 800 unidades na meta de produção de 15 mil veículos este ano. O diretor também cita a transferência do faturamento dos importados de Juiz de Fora para Iracemápolis, motivo da greve de frotistas que compromete o escoamento da produção há mais de 20 dias. "Não sabemos como será o futuro."
Procurada, a Mercedes-Benz, por meio de sua assessoria, afirmou que não pode confirmar o número de demissões na cidade. A montadora destacou a nacionalização do modelo Actros, produzido na unidade local, e o otimismo em manter o nível de produção e as vendas de caminhões em relação ao ano passado.
Adaptado de Tribuna de Minas [jornal diário de Juiz de Fora]
Colaboração: Marko Ajdaric
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