O ano de 2013 terminou sem que vários problemas na Paranapanema tivessem sido resolvidos. Agora, se espera que em 2014 essas pendências sejam definitivamente sanadas.
O Plano Hay, assunto que há muito tempo irrita os trabalhadores, foi criado pela empresa para “valorizar a mão-de-obra e premiar de forma mais justa aqueles que se destacarem”. Mas, não é isso que acontece. Na verdade, ele tem servido bastante é para demissão dos mais antigos trabalhadores. Alegando que o teto máximo foi ultrapassado, todo fim de ano e início do outro o “jacaré” pega uma porção destes camaradas.
“Os trabalhadores aposentados, nós sabemos e nos preocupamos com o risco da perda dos benefícios, como também, compreendemos que é o ciclo natural do mercado de trabalho: se não há aposentadorias não há como contar com novas inserções no mercado; o número de jovens que buscam uma vaga no mercado formal de trabalho é grande. Mas, aqueles que muito se entregaram ao crescimento e desenvolvimento de sua marca não deveriam ser jogados fora, uma vez que ainda não se aposentaram e o mercado de trabalho rotula os profissionais acima dos 40 anos de velhos. Esse plano está desatualizado há anos, mas as demissões estão atuais”, diz um dirigente sindical.
Falando em transporte coletivo, no ano passado, a empresa, pensando em economizar, implantou em alguns roteiros micro-ônibus. Mas, quem idealizou tal medida não teve o bom senso de verificar com o setor médico quais consequências poderiam acarretar aos usuários. “Não queremos acreditar que o setor médico não conhece o quadro geral de doenças. No fim, o número de trabalhadores com problema de coluna é enorme. Não é fácil suportar uma viagem dolorosa, extensa e perigosa, em poltronas bem menores que as usadas nos ônibus grandes”, diz outro diretor do Sindicato.
Plano de Saúde
Desde o ano passado, o Sindicato tem chamado a atenção da Paranapanema sobre o precário plano de saúde. As reclamações são muitas e têm algo em comum: a falta de atendimento. As poucas clínicas credenciadas não aceitam fazer uma série de procedimentos, deixando o trabalhador e sua família na mão. Sem falar que está pesando no bolso do funcionário. O Sindicato já recebeu casos de gente que está pagando quase R$ 600,00 só com plano de saúde. Um absurdo.
13º salário
A empresa decidiu no ano passado fazer o aporte dos valores do adiantamento no mês de outubro (conforme cláusula 13ª da CCT, em vigor). Mas, os trabalhadores, que estão acostumados a receber em junho, agora se questionam: esse ano a empresa fará o adiantamento no mês de junho? Em nossa convenção coletiva, na cláusula 70, parágrafo único, destaca que a empresa faça uso do melhor ao trabalhador. Logo, deve-se retornar a situação anterior.
Os pontos abordados têm sido pauta de discussões entre o Sindicato e a empresa. “Nossos argumentos continuam os mesmos conhecidos por todos. Inclusive, aproveitamos para informar aos camaradas desligados que em discussão com a empresa que nós conseguimos antecipar o pagamento da PLR”, diz um dirigente sindical. E completa. “Está chegando o momento em que, se os trabalhadores realmente desejam e querem a solução do problema, têm que se posicionar”.