Salários e Fundo de Garantia estão atrasados, o que motiva a paralisação na fábrica de Gravataí.
Um grupo de aproximadamente 300 trabalhadores da SüdMetal realizou protesto em frente ao prédio da Delegacia Regional do Trabalho, na avenida Mauá, em Porto Alegre, no dia 10. O ato teve início por volta das 9 horas e se encerrou próximo ao meio dia. A categoria havia feito assembleia em dezembro quando haviam sido negociados pagamentos. Porém, os trabalhadores estão com salários atrasados desde o dia 5 de janeiro e sem a garantia de pagamento.
“Nossa luta é para que os trabalhadores recebam os salários atrasados. Queremos também acertar o Fundo de Garantia que está sem pagamento há muito tempo e férias que estão vencidas sem o devido pagamento. Só serão retomadas as atividades quando os salários forem pagos”, afirmou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, o Quebra-Molas.
Os operários não estão trabalhando desde o dia 5 de janeiro. Foram organizados acampamentos em frente a unidade de Gravataí e também nas plantas de São Leopoldo e Estância Velha, que também estão com salários atrasados. Ao todo o problema afeta 1.200 trabalhadores.
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (SINMGRA) manifesta sua preocupação com os postos de trabalho e condições de vida dignas dos trabalhadores que integram o grupo SudMetal, com sede em Gravataí e mais dois municípios gaúchos.
Na avaliação dos sindicalistas, a situação é crítica. O FGTS e salários dos trabalhadores encontram-se atrasados. Os metalúrgicos estão de braços cruzados, a espera de um posicionamento da empresa e temendo péssimas notícias. De acordo com testemunhos, muitas máquinas já estão sendo removidas do chão de fábrica.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí é incisivo ao se posicionar em favor dos trabalhadores, que devem ser os primeiros a receber seus pagamentos em dia, pois estes têm famílias para sustentar. Os sindicalistas declaram que consultarão os agentes da lei, para reaver a estabilização dos salários atrasados e as melhores condições de trabalho.
O SüdMetal é o mesmo que, em 2013, por meio da holding Renill Participações, comprou a Taurus Máquinas-Ferramenta, controlada da Forjas Taurus, por R$ 115,3 milhões, mas não conseguiu pagar a dívida e alegou "dificuldades de mercado" para reduzir o valor para R$ 57,2 milhões. A renegociação foi fechada em setembro e levou a auditoria EY (ex-Ernst & Young) a dar parecer adverso a relatório da Forjas Taurus, por discordar da contabilização do prejuízo decorrente da operação, segundo publicou o site da FETIM Bahia.
Com informações do jornal carioca Monitor Mercantil, Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e PlayPress Assessoria de Imprensa. Foto da Força Sindical
Colaboração: Marko Ajdaric