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Greve no ar já decolou em Salvador

Geral, 18 de Dezembro de 2013 às 14:30h

Em comunicado oficial, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), entidade que reúne pilotos, co-pilotos, comissários de bordo e outros profissionais do setor, informou ontem que a categoria, em assembleia, decidiu deflagrar uma greve por tempo indeterminado, que ocorrerá a partir das 6 horas do dia 20 de dezembro.



Segundo o comunicado, a decisão foi tomada diante do impasse criado pelas empresas aéreas representadas pelo sindicato da categoria patroanl (SNEA) com a manutenção da proposta de não concessão de qualquer aumento salarial que represente um ganho real para a categoria, ou produtividade ou quaisquer outras vantagens postuladas pelos aeronautas na pauta de reivindicação e nas reuniões paritárias de negociação coletiva que foram realizadas.

O comunicado esclarece  que 'embora o Sindicato Nacional dos Aeronautas já tenha definido previamente as condições necessárias para o integral cumprimento do disposto no artigo 11, da Lei 7783/89, isto é, garantia de 20% do efetivo da categoria, essa entidade sindical colocou-se à disposição do SNEA para discutir as atividades previstas no referido dispositivo legal até as 17 horas do dia 18 de dezembro de 2013'.

Os passageiros que chegavam ao Aeroporto Luiz Eduardo Magalhães, no início da manhã de ontem, foram surpreendidos com uma manifestação do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA). Em frente ao check-in das companhias aéreas, integrantes da categoria entregavam cartas aos passageiros relatando as principais reivindicações da categoria. Na carta, cujo título divulgava “Remarcação de Passagem', o informativo alertava aos passageiros para a  greve a ser realizada a partir da próxima sexta-feira (20).

Após uma reunião realizada em setembro entre os aeroviários e classe patronal, a categoria voltou a se reunir no dia 11 deste mês, no SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), apresentando a última rodada de negociação da Campanha Salarial 2013/2014, por sua vez também negada. De acordo com André Luiz, o patronato se nega a pagar reposição acima do INPC (Índice Nacional de Preço do Consumidor) aos trabalhadores, apesar do bom desempenho do setor no último ano e da qualificada mão de obra de seus profissionais.

“Em todo esse período, as empresas tiveram ganhos reais, mesmo com todas as dificuldades que o senhor enfrenta. Eles reduziram os voos e mantiveram o índice de ocupação nas aeronaves. Muitas empresas tiveram o incentivo fiscal do governo, demitiram muitos funcionários deixando os que ficaram sobrecarregados  e, ainda assim, insistem em não dar o reajuste que estamos pedindo. Todas as categorias que negociaram antes da gente nesse período teve a inflação mais o ganho real. Não vamos ser nós, trabalhadores da aviação, que teremos apenas o INPC. Nós não vamos mais aceitar isso', garantiu o diretor.

Em resposta à categoria, as empresas se opõem a atender a solicitação, afirmando que só podem oferecer o INPC para todas as cláusulas econômicas, que corresponde a aproximadamente 5,6%. Por outro lado, o diretor da SNA garante que, sem acordo, entrarão em greve: “Os sindicatos da aviação estão revoltados e sem acordo iremos aderir a greve nacional. Além de reposição salarial de acordo com o INPC, estamos querendo um ganho real, como reajuste de 20% nos vale-alimentação, refeição e valor da diária entre outros benefícios que eles se negam a dar. Ofereceram 5,5% de INPC e rejeitamos porque para nós é migalha. Continuamos abertos às negociações das empresas e já baixamos de 12% para 10%', afirmou André Luiz.

Durante o ato no aeroporto, os integrantes da categoria entregavam a carta aos passageiros de embarque e desembarque, alertando quanto à negociação e informando

A partir de texto da Tribuna da Bahia

Colaboração: Marko Ajdaric

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