Notícia desde Rio Grande (a cidade portuária do Rio Grande do Sul): O Sindicato dos Metalúrgicos se mobiliza para atender os colegas que já são dispensados do Polo Naval. Com o trabalho da platforma P-58 praticamente concluído, a desmobilização dos operários foi intensificada a partir do dia 15 deste mês. Cerca de 50 a 60 homologações estão sendo efetivadas diariamente na sede do sindicato daquele município.
As homologações ocorrem de forma tranquila. A informação é do vice-presidente do sindicato, Sadi Machado. Segundo ele, quando a P-55 deixou o município, no início de outubro, foram atendidos cerca de 5.000 trabalhadores do Polo Naval, demitidos na época. “Estamos prontos e mobilizados para mais uma vez atender os trabalhadores com atenção especial ao pessoal de fora”. Cerca de 60% da mão de obra é de fora do estado. Os principais estados são: Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. As mulheres já ocupam lugar de destaque no ramo e representam 13% dos trabalhadores do setor, com salário base idêntico ao dos homens. São 1.400 mulheres atuando na área.
Machado ressaltou que o trabalho do sindicato não envolve apenas o Polo Naval, mas neste a demanda é de 95%. A maioria dos operários com quem a reportagem conversou, enquanto aguardavam pelo atendimento, não quis falar sobre as demissões com receio de represália por parte das empresas. Eles temem a exposição e que não consigam retornar para as frentes de trabalho no futuro.
Um baiano que exercia a função de soldador aguardava pelo atendimento para deixar o município ainda nesta segunda. Com esposa e a filha ele veio para a cidade em busca de trabalho, mas já sabia que seria por aproximadamente um ano. Foi o que aconteceu e o retorno para Salvador já era aguardado. Há dez anos ele exerce a mesma função e já trabalhou em Alagoas, Maranhão, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e agora Rio Grande do Sul. “A gente vai andando pra lá e pra cá em busca de emprego e onde tiver eu fico e mando buscar a minha família”, disse.
Outro baiano, Antônio Carlos Ramos, chegou em Rio Grande há mais de um ano para trabalhar como soldador. Ele trouxe seus familiares, num total de cinco pessoas e não retornará imediatamente para cidade natal de Salvador. “Vou dar mais um tempo por aqui pra ver qual a oportunidade que vai aparecer, espero que o trabalho volte a dar oportunidade pra quem é de fora e daqui também”. Ele tem dois filhos estudando no município e manifestou a sua indignação com as diferenças sociais do país. “Não entendo como falta saneamento básico, muita gente passa fome e a riqueza no Brasil é mal distribuída”, disse Ramos.
Quanto às demissões, o acordo coletivo assinado pela patronal garante que sejam priorizados os direitos dos trabalhadores. Entre os itens está o direito de receber a passagem aérea de retorno ao local de origem e um adicional de R$ 150,00 para ajudar no deslocamento por terra. “Tivemos toda essa preocupação com os trabalhadores de fora do Estado, dando toda assistência do sindicato”, explicou Machado.
O sindicato também luta pela inclusão da insalubridade e periculosidade para os trabalhadores. Já são movidas 60 ações sobre a demanda. Machado informou que nenhum estaleiro em todo país paga os adicionais. Já as refinarias pagam 30%.
Com informações de Diário Popular
Colaboração: Marko Ajdaric
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