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EMBRAER: produção e administração param juntas

Geral, 09 de Outubro de 2013 às 10:37h

Os trabalhadores da EMBRAER, de São José dos Campos, paralisaram ontem a produção da empresa por cerca de quatro horas para pressionar a companhia a abrir negociação de reajuste de salários.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, o movimento teve a adesão dos metalúrgicos da produção e dos empregados do setor administrativo da empresa.

A paralisação aconteceu no período da manhã.

Em nota, a diretoria da EMBRAER informou que os trabalhadores do primeiro turno entraram na empresa após realização de assembleia, às 9:45 horas.

Ainda segundo a direção companhia, no período da tarde, o pessoal trabalhou normalmente.

Para o sindicato, a pressão dos trabalhadores surtiu efeito. A FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) agendou para amanhã nova rodada de negociação entre as partes.

O sindicato reivindica um reajuste de 13,5% e redução da jornada de trabalho, de 43 para 40 horas semanais.

A entidade afirma que a jornada da EMBRAER é a maior entre as empresas do setor aeronáutico.

Expectativa.

O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Herbert Claros, disse que a expectativa, após o movimento de ontem, é que a empresa apresente uma contraproposta na reunião de amanhã.

Em média, o sindicato tem fechado acordos de reajuste de 9% com empresas da sua base territorial.

'Até agora somente ocorreu uma rodada de negociação, em setembro. A EMBRAER se mostra intransigente', disse o dirigente sindical.

Ele lembrou que os trabalhadores da indústria já aprovaram indicativo de greve: 'Há duas semanas encaminhamos um aviso de greve para a empresa', afirmou.

É a primeira vez desde a privatização da empresa que produção e administração param juntas.

Na avaliação do Sindicato dos Metalúrgicos, o movimento de ontem 'fortalece ainda mais a luta dos trabalhadores'.

A diretoria da EMBRAER informou ontem que 'a negociação salarial está a cargo da FIESP'. Embora não tenha havido acordo entre as partes até o momento, a empresa informou que decidiu antecipar, 'por mera liberalidade' (que bonito, não?), a reposição do INPC do período a partir de setembro, que representa 6,07%.

Acordos ficam  acima de 8%

Os acordos salariais fechados pelo Sindicato dos Metalúrgicos na campanha deste ano variam de 8% a 10%, de acordo com o porte da empresa. O menor índice, até o momento, foi o fechado com a GM, de 8,07% de aumento. A previsão da entidade é encerrar a campanha salarial na próxima semana. A reivindicação básica é aumento de 13,5%.

Pressão

Trabalhadores da EMBRAER cruzaram os braços durante quatro horas ontem para pressionar a empresa a abrir negociação salarial

Movimento
O movimento ocorreu pela manhã e atingiu os setores da produção e administrativo, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José

Reivindicação
Sindicato reivindica aumento de 13,5% e redução da jornada de trabalho de 43 para 40 horas semanais

Aumento
A EMBRAER concedeu, a partir de setembro, reajuste de 6,07%, referente ao INPC do período

Texto de Marko Ajdaric, com informações e foto do jornal O Vale, que tem tiragem de 20.000 exemplares
 

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