Montadoras provocam desemprego, quebram empresas e depois se mandam do país
Pela segunda vez este ano, a Mercedes-Benz reduziu a sua produção na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, à metade. Os trabalhadores da Volks de São Bernardo viram seus salários reduzidos em 12%. A Ford fechou a fábrica em janeiro e foi embora do país.
É melhor ficar com um olho no peixe outro no gato. Desde Juscelino Kubitschek, com intervalo do governo João Goulart, que não se tem medido concessões para apoiar a economia do país no capital estrangeiro.
Justiça se faça, o prêmio boçalidade vai para Eugênio Gudin, ministro da economia de Café Filho, que governou um tempinho de nada após o martírio de Getúlio. Ele baixou a Instrução 113, permitindo que empresas estrangeiras transferissem para cá toda a linha de produção obsoleta, sem cobertura cambial.
Juscelino manteve a novidade para implantar a indústria de bens duráveis, mas, ao mesmo tempo, “sustentou boa parte do programa getulista; indústria pesada, legislação trabalhista, protecionismo, empresas estatais, o maior salário mínimo da história, apoiou a criação da Frente Parlamentar Nacionalista e rompeu com o FMI” (Nilson Araújo, revista Princípios nº 164).
De lá para cá, foi vexaminoso o feito para atrair os gringos: juros espetaculares, financiamento do BNDES, câmbio livre, livre fluxo de capitais, aperto fiscal para garantir o pagamento de juros, privatizações baratinhas, etc.
Como alertou o filosofo, é bom não confiar nessa gente, nem um tantinho assim. Quebraram a Feneme (Fábrica Nacional de Motores), que produzia excelentes caminhões nacionais, a indústria nacional de trens, indústria naval (uma das maiores do mundo), a indústria farmacêutica, a de tecnologia, etc. Resiste heroicamente a produção de aviões.
Pois é, o capital estrangeiro solto no pasto é assim: vem, compra, desnacionaliza nossas indústrias, passa a importar componentes e, de preferência, fecha as portas e vai-se embora.
O Brasil, que durante 50 anos foi o país que mais cresceu no mundo, voltou a ter uma economia agrário-exportadora.
Dá para desconfiar, não é mesmo, que esses monopólios estrangeiros só estão interessados em invadir o mercado brasileiro e, sempre que puderem, após sugarem nossas riquezas, se mandam.
O governo Bolsonaro foi o mais servil aos monopólios transnacionais da história do Brasil. Privatizou a Eletrobrás, esquartejou, e está entregando aos pedaços, a Petrobrás e passou o Banco Central para o controle dos bancos.
Mas, o Brasil terá uma nova oportunidade nas eleições de 2022. Já fizemos o caminho das pedras e quase chegamos lá. Investimento público, fortalecimento do poder de compra dos trabalhadores, encomendas do estado para empresas genuinamente nacionais, defesa das riquezas nacionais e todo apoio externo será bem-vindo. É uma oportunidade de ouro ante a ameaça de um retrocesso devastador. Como se dizia na minha infância, no Rio de Janeiro: é bola ou búlica.
Fonte: horadopovo.com.br
Natan teve uma longa e ativa trajetória na história dos Metalúrgicos na Bahia.
28 de abril – Dia Mundial em Memoria das Vitimas de Acidentes e Doenças do Trabalho
Decisão une Sindicato ao Ministério Público em favor aos trabalhadores.
Trabahadores estão satisfeitos com a ação do Sindicato em relação as melhorias negociadas com a RDA.
Empresa queria demitir grande número de trabalhadores mas o Sindicato agiu rápido e mudou a situação.
Facilitador da empresa estava assediando trabalhadores e o Sindicato cobrou uma atitude da Gerdau.
Nova norma (MTP nº 4219) determina que, tenha, pelo menos, 1 funcionário em todas empresas que cuide da prevenção e cuidados para este tipo de caso.
Dados da pesquisa realizada pelo PNAD mostram que no trimestre encerrado em outubro do ano passado, o número de desempregados era o mesmo de agora.
Empresa veio ocupara o lugar de antiga terceirizada na Oxiteno e pretendia reduzir salários e vale alimentação dos trabalhadores.
Empresa anunciou paralisação das atividades em fábrica de Camaçari, por tempo indeterminado.