Segundo o Fórum das Centrais Sindicais, houve atos em pelo menos 20 estados
Milhares de trabalhadores foram às ruas de todo o Brasil, nesta quarta-feira (18), em mobilização contra as privatizações do governo Jair Bolsonaro e contra a Proposta de Emenda Constitucional Nº 32/2020 – a PEC da Reforma Administrativa. Segundo o Fórum das Centrais Sindicais, houve atos do 18A em pelo menos 20 estados.
Em São Paulo, vários sindicatos organizaram paralisações e piquetes ao longo dia. Foi o caso do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado e São Paulo), que promoveu ações em dez unidades da Sabesp, na sede da Cetesb e na Secretaria Estadual do Meio Ambiente. À tarde, um ato conjunto na Praça da República dialogou com a população criticou a reforma administrativa.
Unidade Lapa da Sabesp, em São Paulo
“A PEC 32 nada mais é do que um verdadeiro desmonte dos serviços públicos e do Estado. Não é só o servidor público que perde com a reforma – é a população em geral”, denunciou o presidente da CTB, Adilson Araújo. “E quem vai sofrer mais com esse desmonte serão os mais pobres, porque o governo vai tirar dinheiro da saúde pública, da educação, da moradia popular, da segurança pública. O governo vai asfixiar o povo, mas deixar os banqueiros mais ricos.”
O dirigente cetebista defendeu a manutenção dos Correios e da Eletrobras sob gestão pública. O processo de privatização dessas duas estatais tem avançado no Congresso Nacional. “São empresas essenciais e estratégicas, que devem priorizar o interesse público”, disse Adilson.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, durante o ato na Praça da República, em São Paulo
Segundo o presidente da CTB-SP, Rene Vicente, a reforma administrativa entrega a contratação de trabalhadores do serviço público à iniciativa privada. “Além de acabar com a figura do concurso público como forma de seleção, a PEC dá plenos poderes à Presidência da República para extinguir ministérios, órgãos e cargos públicos, sem debater com a sociedade civil e o Legislativo. É uma emenda de cunho ditatorial, que aprofunda a precarização do Estado”, diz Rene.
Minas Gerais
A Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte, foi o palco da principal atividade em Minas Gerais. Valéria Morato, presidenta da CTB Minas, lembrou que a estabilidade do servidor público “não é um privilégio – mas, sim, uma garantia para a sociedade de que a prestação de serviços não estará sujeita às pressões dos governantes de plantão”.
Ato em Belo Horizonte
Segundo a dirigente – que também preside o Sinpro Minas –, “a PEC 32 praticamente enterra a realização de concursos públicos e estabelece a precarização como regra. O sucateamento dos serviços públicos representará, lá na ponta, a piora do atendimento e até a privatização de serviços essenciais para a população, como a saúde e a educação. Ou seja, a vida vai ficar ainda mais cara e difícil para o povo”.
Os mineiros foram além de sua capital e também se manifestaram em cidades como Varginha, na região Sul do estado. À noite, de modo virtual, a presidenta da CTB Minas participou 1ª Plenária Unificada dos Servidores contra a Reforma Administrativa (PEC-32), organizada pelo Comitê Fora Bolsonaro – Poços de Caldas.
Manifestação em Varginha (MG)
Outras regiões
Em Salvador (BA), a CTB Bahia promoveu, ao lado de entidades do setor público, um ato na Praça da Piedade. Rosa de Souza, recém-eleita presidenta estadual da CTB, discursou na manifestação. O projeto Muvuca Poética também fez uma apresentação cultural pelo #ForaBolsonaro. No fim da tarde, uma Roda de Conversa sobre a Reforma Administrativa reuniu lideranças sindicais e o analista político Marcos Verlaine, do Diap (Departamento Intersindical de Assessorla Parlamentar).
A presidenta da CTB-BA, Rosa de Souza
O 18A em Goiás teve como destaque o protesto pela manhã em frente à Assembleia Legislativa, na Praça Cívica, em Goiânia. Ao discursar em nome da CTB Goiás, a dirigente sindical Fátima dos Reis lembrou que os trabalhadores já estão vivendo, nos últimos anos, ataques a seus direitos, com tentativas de “passar o serviço público para o setor privado”. De acordo com Fátima – que é servidora pública –, “o desmonte do Estado brasileiro tem sido proposta recorrente de diversos governos. Foi assim nos governos Collor, Fernando Henrique, Temer e, agora, Bolsonaro”.
Fátima dos Reis, da CTB-GO
Em Brasília, a Greve Geral Nacional recebeu contou a participação de parlamentares no ato realizado no Anexo II da Câmara Federal. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), coordenadora de uma das frentes parlamentares em Defesa do Serviço Público na Câmara, foi ao palanque da capital federal e pediu a saída do presidente. “Que essa PEC morra no nascedouro, que possamos salvar o Estado nacional das garras de Bolsonaro – e depois nos livrarmos dele, com impeachment ou no voto.”
Ato em Brasília
A CTB esteve presente em outras capitais, como no ato na Praça da Polícia, em Manaus (AM), e na manifestação na Candelária, no Rio de Janeiro (RJ).
Ato do 18A em Manaus (AM)
Fonte: CTB
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