Proposta da FITMETAL ao 5º CONGRESSO DA CTB
Reverter o danoso processo de desindustrialização da economia nacional
A indústria nacional foi, ao longo do século 20, o principal motor da grande expansão econômica do País. Entre 1930 e 1980, nenhum país do Ocidente cresceu mais do que o Brasil. Empresas do setor criadas naquele período, sobretudo as de origem estatal – como Petrobras, Embraer e Vale –, se tornaram referências internacionais.
Porém, desde a década de 1980, o Brasil vive uma prolongada desindustrialização. A participação da indústria de transformação no PIB nacional – que chegou a 27,3% em 1986 – despencou para 11,3% em 2020, conforme o IBGE. No mesmo ano de 1986, de cada cem empregos formais no País, 27 estavam na indústria. Agora, são somente 15%. O Brasil já teve uma das dez maiores indústrias de transformação do mundo, com destaque em todos os segmentos – metalurgia, plástico, alimentos, bebidas e têxtil. Hoje, é apenas o 16º.
Nos últimos anos, aliada ao golpe de 2016, a indústria nacional entrou na mira da Operação Lava Jato. Sob a bandeira do combate à corrupção, a força-tarefa liderada por Sergio Moro acelerou a desindustrialização da nossa economia e a entrega de setores estratégicos para o capital estrangeiro. Segundo o Dieese, a Lava Jato levou o País a perder cerca de R$ 172,2 bilhões em investimentos, inviabilizando a criação de 4,4 milhões de empregos.
A ascensão ao poder do bolsonarismo e a pandemia de Covid-19 agravaram a crise. Políticas industriais são interrompidas, e centenas de fábricas fecham as portas. Multinacionais como Ford, Mercedes- Benz, Audi, Sony e LG deixam o Brasil, total ou parcialmente. Com Bolsonaro, o País se submete à lógica das commodities e se limita a ser uma “grande fazenda” das nações ricas. Resultado: na década de 2011-2020, o PIB industrial regrediu, em média, 1,5% ao ano.
Para crescer de modo sustentado, reestimular o desenvolvimento e avançar na soberania nacional, não basta o #ForaBolsonaro. Não há saída para o Brasil fora da reindustrialização. É preciso inserir o País na 4ª Revolução Industrial, modernizar o parque industrial brasileiro e garantir incentivos à produção com geração de empregos.
Enquanto houver pandemia, o foco é na estabilização da crise sanitária, na vida das pessoas e, só então, na reabertura econômica. Porém, uma vez superada a crise do novo coronavírus, será preciso ter audácia.
– Apoio e crédito às micro e pequenas empresas;
– Apoio às iniciativas pró-reindustrialização do País;
– Inserção da indústria nacional na Revolução 4.0, por meio da intensificação do uso de tecnologia e da elevação da capacidade de inovação industrial;
– Mais investimentos públicos em Ciência, Tecnologia & Inovação;
– Constituição de uma mesa nacional tripartite (governo, empresários e trabalhadores) sobre emprego e inovações tecnológicas;
– Ampliação e desconcentração do crédito público ao setor industrial (via agências governamentais ou bancos estatais de desenvolvimento, para além do BNDES), com contrapartidas em inovação, produtividade e proteção ao emprego;
– Lançamento de um programa federal de financiamento voltado à redução dos custos de produção e ao estímulo à competitividade industrial, nos mercados interno e externo;
– Elevação progressiva da taxa de investimento;
– Ampliação da infraestrutura nacional, com ampliação e renovação da malha ferroviária e hidroviária, além do sistema de cabotagem (transporte de navio entre portos nacionais);
– Produção maior de energia limpa, priorizando o crescimento da indústria de energia eólica;
– Valorização da Petrobras e recomposição do setor naval, incluindo a retomada da política de conteúdo local;
– Incentivo à permanência das montadoras e do setor automotivo no Brasil, com contrapartidas claras, em especial na geração e na garantia de empregos;
Natan teve uma longa e ativa trajetória na história dos Metalúrgicos na Bahia.
28 de abril – Dia Mundial em Memoria das Vitimas de Acidentes e Doenças do Trabalho
Decisão une Sindicato ao Ministério Público em favor aos trabalhadores.
Trabahadores estão satisfeitos com a ação do Sindicato em relação as melhorias negociadas com a RDA.
Empresa queria demitir grande número de trabalhadores mas o Sindicato agiu rápido e mudou a situação.
Facilitador da empresa estava assediando trabalhadores e o Sindicato cobrou uma atitude da Gerdau.
Nova norma (MTP nº 4219) determina que, tenha, pelo menos, 1 funcionário em todas empresas que cuide da prevenção e cuidados para este tipo de caso.
Dados da pesquisa realizada pelo PNAD mostram que no trimestre encerrado em outubro do ano passado, o número de desempregados era o mesmo de agora.
Empresa veio ocupara o lugar de antiga terceirizada na Oxiteno e pretendia reduzir salários e vale alimentação dos trabalhadores.
Empresa anunciou paralisação das atividades em fábrica de Camaçari, por tempo indeterminado.