Com a política de preços adotada em 2017, Petrobras abriu mão de controlar valor de gasolina e gás de cozinha no país
Petroleiros veem na demissão de Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras uma possibilidade de romper política adotada na empresa desde 2017, responsável pela alta constante dos preços da gasolina e do gás de cozinha - Divulgação/Petrobras
Anunciada na última sexta-feira (19) pelo presidente Jair Bolsonaro, a saída de Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras é uma oportunidade para derrubar a privatização de ativos rentáveis e a redução dos investimentos, práticas que marcaram não só a gestão de Castello Branco, mas daqueles que o precederam, a exemplo de Pedro Parente e Aldemir Bendine.
Essa é a avaliação de movimentos de trabalhadores ligados à estatal, a exemplo da Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet) e da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
“Não basta apenas mudar o presidente da Petrobras. Precisamos mudar a política que está sendo implementada na Petrobras desde a gestão Pedro Parente e também na gestão Castello Branco, principalmente com relação à política de preços dos combustíveis e às privatizações”, analisa Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.
Preços dos combustíveis
Bacelar destaca como principal mudança a ser feita a política de preços paritários de importação (PPI), que impacta o constante reajuste de preços de combustíveis e do gás de cozinha. Pela política de paridade de preços em relação ao mercado internacional, adotada ainda em 2017, a estatal abriu mão de controlar diretamente o preço desses produtos no país, evitando variações inflacionárias, para determiná-lo de acordo com o preço do mercado internacional.
“Uma política que reajusta gasolina, óleo diesel e gás de cozinha com base no preço internacional do petróleo e na cotação do dólar – mesmo quando esses combustíveis são produzidos no país, com óleo brasileiro. Resultado: combustíveis caros, fretes e alimentos em alta, inflação subindo”, afirma a FUP em nota. Os últimos aumentos de gasolina (10%) e de óleo diesel (15%), que entraram em vigor na última sexta-feira (19/2). Somente ao longo de 2020, foram aproximadamente 70 reajustes.
Gestão marcada pela PPI
Na mesma linha, a Aepet também destacou, em nota, como a gestão de Castello Branco foi marcada pela PPI, além da redução dos investimentos e a privatização acelerada, “com a consequente desintegração vertical e nacional da Petrobras, a fim de maximizar pagamentos de dividendos no curto prazo e pavimentar o caminho para a realização de seu declarado sonho de privatizar a Petrobras que é a maior companhia brasileira”.
Nesse sentido, a Aepet afirma que a política adotada atualmente, se mantida, “pode impedir que a Petrobras exerça seu potencial competitivo para se fortalecer e impulsionar a economia nacional com seu abastecimento aos menores custos possíveis”. Por fim, a associação afirmou que cabe ao general Joaquim Silva e Luna, o nome indicado por Jair Bolsonaro para assumir a presidência da estatal, esclarecer se a PPI permanece vigente.
Nova gestão da Petrobras
No entanto, durante coletiva de imprensa no sábado (20), Luna afirmou que a gestão deve ser direcionada por três aspectos: “a valorização do petróleo e do dólar, o interesse do investidor, que está de olho no preço das ações, e também o interesse do país e do brasileiro que precisa se locomover e abastecer seu veículo”.
Política de preços praticada até 2012
Outra organização que se manifestou sobre a política da companhia, um dia após o anúncio da demissão de Castello Branco, foi o Clube de Engenharia por meio do presidente Pedro Celestino Pereira. Em nota, afirmou que o interesse nacional exige o restabelecimento da política de preços praticada até 2012, quando o PPI ainda não era determinante, e o cancelamento da venda das refinarias.
Privatizações
Recentemente, a Mubadala Capital, fundo de investimentos de Abhu Dhabi, venceu a disputa pela Refinaria Landulpho Alves (Rlam), em São Francisco do Conde, na Bahia, pelo valor de US$ 1,65, cerca de R$ 9,07.
Esse é um exemplo da venda de refinarias que estão na lista de privatização da empresa, concretizando, ao lado da política de preços de paridade internacional, a escolha por privatização de ativos rentáveis e a redução dos investimentos.
Fonte: Brasil de Fato
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