Em reunião da CTB, Nivaldo Santana fez este alerta e diversas análises da atual conjutura.
A Direção Nacional da CTB se reuniu nesta quarta-feira (18) para debater a conjuntura, os preparativos do 5º Congresso da CTB, convocado para agosto, o decreto de Bolsonaro que muda a legislação trabalhista, a mobilização para o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e a campanha Fora Bolsonaro.
Ao analisar a conjuntura, o secretário de Relações Internacionais da CTB, Nivaldo Santana, observou que o mundo vive um momento histórico de transição da hegemonia geopolítica mundial, com o declínio dos EUA e a ascensão da China e ouros países asiáticos. “A pandemia acelerou este processo”, assinalou.
Ele apontou mudanças positivas na América Latina, que primeiro viveu um ciclo progressista, acompanhado de surtos de regressão com os golpes de Estado em Honduras, no Paraguai, no Brasil e na Bolívia.
Sinais positivos na AL
Agora se notam os sinais de uma retomada do protagonismo político por forças progressistas, com as vitórias da esquerda nas eleições presidenciais da Bolívia e no Equador (1º turno), onde a direita manobra para impedir a consolidação da derrota no segundo turno.
O sindicalista enalteceu também a resistência revolucionária dos governos da Venezuela, onde os chavistas conquistaram importante vitória em recentes eleições para a Assembleia Nacional, Nicarágua e Cuba. Citou ainda, como sintoma de mudança dos ventos políticos, a derrota de Donald Trump nos EUA.
“Certamente estamos ingressando num período histórico de grandes turbulências”, complementou.
Conjuntura nacional
Na opinião de Santana, o Brasil atravessa uma conjuntura perigosa, caracterizada por uma tragédia sanitária, política, econômica e social. “Bolsonaro trabalha para implantar no país uma ditadura de viés fascista, libera o uso de armas com o objetivo de armar suas milícias”, alertou.
Um conjunto de fatos recentes – as ameaças ao STF que culminaram na prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira, as revelações no livro do pavão golpista Eduardo Vilas Bôas, a militarização crescente do governo, a pregação golpista do bolsonarista Ratinho, o recurso à velha política do toma lá dá cá, a omissão çriminosa na pandemia – traduz uma tentativa de abrir caminho para implantar uma ditadura.
“Fomos praticamente o último país grande a iniciar a vacinação e já estamos com várias capitais brasileiras que tiveram de suspender a vacinação por falta de vacina”, comentou.
Tragédia econômica
Assinalou que ocorre também uma tragédia econômica, “com o PIB em baixa e a desindustrialização avançando. Foram fechados 36,6 mil estabelecimentos industriais entre 2015 e 2020”.
O caso mais dramático, ainda em curso, é o da Ford. “Temos uma economia estagnada, desemprego em massa, retomada da inflação dos alimentos e alta do gás de cozinha. E a agenda do governo é mais do mesmo. Privatizações, reforma administrativa com o objetivo de acabar com o regime jurídico único do servidor, acabar com os concursos, a estabilidade, e avançar com a terceirização e degradação dos serviços públicos”.
O secretário de Relações Internacionais da CTB mencionou também os retrocessos na área rural para a agricultura familiar, que tiveram início com a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrária, bem como o fim do Ministério do Trabalho e as ofensivas para destruir o Direito do Trabalho e, por extensão, também a Justiça do Trabalho.
Fora Bolsonaro
Diante de tal conjuntura, que definiu como uma “tempestade perfeita”, ele reiterou a necessidade de construir uma ampla frente política e social para barrar a extrema direita bolsonarista e impedir que o governo consiga alcançar seus objetivos golpistas.
A continuidade do governo Bolsonaro significa o aprofundamento do retrocesso e dos ataques à democracia, à soberania nacional, ao meio ambiente e aos direitos conquistados pela classe trabalhadora. Por isto, apesar do fortalecimento do governo no Congresso, é essencial intensificar campanha nacional pelo Fora Bolsonaro, em unidade com o Fórum das Centrais, os movimentos sociais e os partidos e forças políticas democráticas e progressistas.
Vacinação já para todos, retorno do auxílio emergencial no valor de R$ 600,00, retomada da política de proteção de emprego, defesa da solidariedade, fortalecimento dos sindicatos, defesa da democracia e Fora Bolsonaro. São estas as bandeiras que devem guiar a ação da CTB nesta conjuntura explosiva e perigosa, tendo por linha orientadora a unidade, segundo Nivaldo Santana.
Fonte: CTB
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