No complexo que fica em Camaçari, as atividades já se encerraram nesta terça-feira, 12.
A montadora norte-americana Ford, em um verdadeiro rito sumário, anunciou nesta segunda-feira, 11, que encerrou toda a produção de veículos e motores no Brasil. Ainda nesta terça-feira,12, nas plantas de Camaçari (BA) e Taubaté (SP), a linha de produção deixou de funcionar.
Diante deste cenário, o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari realizou na manhã desta terça-feira, 12, uma assembléia na porta do complexo , seguida de uma grande carreata, até a prefeitura do município, em defesa do emprego da categoria.
Em Camaçari, onde o complexo Ford e as auto peças no município empregam cerca de 12 mil trabalhadores, há um trabalho ostensivo realizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, para garantia e manutenção dos direitos dos trabalhadores. Na Região Metropolitana de Salvador, RMS, o fechamento da montadora irá impactar na perda de postos de trabalho de cerca de 60000 empregos diretos e indiretos e o encerramento das atividades de dezenas de empresas.
Em comunicado, a Ford, informou que manterá no Brasil a sede administrativa da América do Sul, o Centro de Desenvolvimento de Produto, o Campo de Provas e a fábrica da Troller, no Ceará que também encerrará suas atividades até o final de 2021 . Também alegou que a Pandemia do Covid-19 ampliou a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas.
No Brasil, a Ford recebeu cerca de R$ 20 bilhões em incentivos fiscais dos governos FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro, conforme estimativa da Receita Federal, reveladas pelo jornal O Globo, no período de 1999 a 2020, mas já não fazia nenhum investimento de peso no País desde 2011. Os incentivos não foram levados em conta, muito menos, sua responsabilidade social.
A decisão da Ford em encerrar suas atividades no Brasil, só demonstra a total falta de perspectiva da empresa pelo país, já que, na Argentina e no Uruguai, que também passam pelos mesmo problemas causados pela Pandemia, suas fábricas não serão fechadas.
O motivo central é a queda da produção, afetada tanto pelas vendas no mercado interno, quanto na queda das exportações, agravadas pela ausência de uma política econômica desse atual governo, sem projeto para o país, como quanto a política de desmonte e sem perspectiva para o setor industrial. Um amplo processo de desindustrialização.
Em Nota, a Fetim repudia a atitude da Ford e presta total apoio aos trabalhadores. O Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari fará novas mobilizações e não estará sozinho. “O Stim Camaçari está construindo uma grande frente com a participação de Centrais Sindicais, movimentos sociais e parlamentares das três instâncias de poder, Municipal, Estadual e Federal em defesa da Bahia e dos empregos. ”, informa Aurino Pedreira, presidente da Fetim-Ba.
No final da tarde dessa terça, 12, o Stim Camaçari realizou uma reunião com o governador Rui Costa, a Fieb, dentre outros órgãos, com o objetivo de construir saídas para essa crise.
Natan teve uma longa e ativa trajetória na história dos Metalúrgicos na Bahia.
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