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América Latina: contrastes em uma das regiões mais afetadas pela pandemia covid

Geral, 29 de Dezembro de 2020 às 18:41h

Enquanto Brasil ocupa o 3º lugar no ranking mundial de contágios e morte, Cuba está cada vez mais perto de uma vacina

 O Peru permanece, há quatro meses, com a maior taxa de mortalidade da região - são 115 falecidos por covid-19 a cada 100 mil habitantes. - Carlos Mamani / AFP.

A América Latina foi uma das últimas regiões a registrar casos de covid-19 e hoje é um dos continentes mais afetados pela pandemia. Apesar da situação generalizada de crise econômica e sanitária, que levou a uma retração de - 7,7%, segundo a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), há diferenças na região. 

O Brasil, que registrou o caso zero no dia 26 de fevereiro, segue entre as três nações com maiores números de contagiados e mortos pela doença. Já são mais de 7 milhões de casos e 187 mil vítimas fatais. 

Já o Peru se mantém há quatro meses como a nação latino-americana com maior índice de mortalidade. São 115,9 mortes a cada 100 mil habitantes, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. 

No entanto, entre países vizinhos a situação pode ser bastante diferente. Ao sul, o Uruguai acaba de ultrapassar os 13 mil casos e 119 óbitos. Ao norte, a Venezuela mantém um dos menores índices de mortalidade, com 3,4 mortes a cada grupo de 100 mil habitantes, logo atrás de Cuba, que mantém a menor taxa da região: 1,2 falecidos por cada 100 mil habitantes. 

"É um continente marcado pelas desigualdades. O primeiro contraste é a responsabilidade maior ou menor dos governantes de cada um desses países, no sentido de alinhar o país para o enfrentamento dessa situação que é uma emergência sanitária", sinaliza Lúcia Souto, presidenta do Centro de Estudos Brasileiros de Saúde (Cebes).

A epidemiologista e pesquisadora do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cidacs-Fiocruz) elenca algumas medidas sanitárias que podem ser identificadas como eficazes. 

"Nessa questão do distancimento social, o que ficou evidente na maioria dos países que tiveram sucesso foi ter um discurso único por parte do governo. São países que também fizeram testagens massivas,  o que permitiu o isolamento de novos casos. Então destacaria esses três pontos: isolamento social, testagem e o uso de máscara", afirma.


Fonte: brasildefato.com.br

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