*escrito por Uallace Moreira para o BLOG Paulo Gala.
Sem peças, montadoras paralisam parte da produção e cancelam trabalho extra. Esse é o resultado de um país sem política industrial, que promoveu um profundo processo de desindustrialização precoce e acelerada, além da desnacionalização de bases industriais. A retomada da demanda mais rápida do que se esperava, após meses de economia enfraquecida por causa da pandemia, desorganizou as cadeias de produção, obrigando fábricas de diferentes setores a adotarem “microparadas” e, segundo especialistas, o restabelecimento da sincronia entre os elos pode levar mais alguns meses. “Um dia falta aço, no outro falta pneu, no outro falta longarina (componente do chassis do caminhão)”, comenta o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes. Por causa da falta de peças, a espera por caminhões encomendados à fábrica da Volks em Resende (RJ) chega a “meses”, segundo o executivo. Quando analisei a indústria automobilística no mundo, mostrei as transformações no setor com o processo de fragmentação produtiva, com países com amplos mercados internos sendo beneficiados pelos investimentos das grandes multinacionais do setor. Ao se considerar a participação das quinze principais empresas automobilísticas, a participação destas empresas, em 1998, no valor total da produção era de 88,3%, caindo para 82,9% em 2006, patamar mantido até 2012. Mesmo considerando que houve redução da concentração da produção nas quinze primeiras empresas, ao sair de de 88,3%, em 1998, para 82,4%, em 2014, estes números deixam em evidência a grande concentração de mercado no setor, com a produção total concentrada em número muito pequeno de empresas. As montadoras aumentaram a escala necessária de produção para espalhar os custos de design do veículo, mas em geral a inovação e o design ainda estão concentrados nas matrizes das indústrias, com possibilidades de descentralizar estas atividades para outras empresas nas cadeias globais de valor. Além do mais, mercado tradicionais perderam espaços, como EUA e Europa, enquanto Ásia e América Latina apareceram como mercados alternativo, mas com destaque para a Ásia. Alguns motivos apresentados para a tendência de queda da participação das economias da União Europeia e da América do Norte na produção mundial de veículos a motor e, simultaneamente, o crescimento da participação das economias da América do Sul e da Ásia-Oceania foram:
i) Saturação dos grandes mercados existentes nos mercados europeu e norte-americano, principalmente após a crise de 2008;
ii) Baixa taxa de crescimento dos grandes mercados tradicionais;
iii) A expectativa de taxas aceleradas de crescimento dos grandes mercados emergentes, que induziram as fabricantes de automóveis a temerem não participar de um potencial expansão nas vendas destes mercados.
No caso do Brasil, em 1996, tivemos o Regime Automotivo Brasileiro (RAB), cuja finalidade era modernizar o parque industrial brasileiro da indústria automobilística. Alguns resultados foram:
Fontes:
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/11/17/brasil-perde-forca-na-competicao-global.ghtml
https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=31265
A Coreia do Sul se destaca por ter uma das maiores empresas automobilística do mundo, a Hyundai. Uma empresa privada e familiar, criada em uma aliança entre Estado e Setor Privado, os famosos Chaebols. Nesse artigo, mostro um pouco da história da indústria automobilística na Coreia do Sul (https://www.paulogala.com.br/como-o-general-park-criou-a-industria-de-carros-na-coreia-e-ajudou-a-hyundai-nao-ficou-na-plantacao-de-arroz/
Fonte: Blog Paulo Gala
Natan teve uma longa e ativa trajetória na história dos Metalúrgicos na Bahia.
28 de abril – Dia Mundial em Memoria das Vitimas de Acidentes e Doenças do Trabalho
Decisão une Sindicato ao Ministério Público em favor aos trabalhadores.
Trabahadores estão satisfeitos com a ação do Sindicato em relação as melhorias negociadas com a RDA.
Empresa queria demitir grande número de trabalhadores mas o Sindicato agiu rápido e mudou a situação.
Facilitador da empresa estava assediando trabalhadores e o Sindicato cobrou uma atitude da Gerdau.
Nova norma (MTP nº 4219) determina que, tenha, pelo menos, 1 funcionário em todas empresas que cuide da prevenção e cuidados para este tipo de caso.
Dados da pesquisa realizada pelo PNAD mostram que no trimestre encerrado em outubro do ano passado, o número de desempregados era o mesmo de agora.
Empresa veio ocupara o lugar de antiga terceirizada na Oxiteno e pretendia reduzir salários e vale alimentação dos trabalhadores.
Empresa anunciou paralisação das atividades em fábrica de Camaçari, por tempo indeterminado.