A usina, é responsável pela segunda frente de arrecadação do município, quando opera em sua plena capacidade.
A Vale anunciou, na semana passada, que decidiu parar as operações de produções de ferro-ligas de manganês, na sua unidade em Simões Filho. Com isto, cerca de 400 empregos diretos e 400 indiretos deixarão de existir em uma região que já é carente e vem sofrendo muito com a desindustrialização.
A capacidade de produção de ferro-ligas no Brasil está em torno de 400.000t/ano. A Vale representa cerca de 60% desta capacidade e a unidade de Simões Filho, 30% desse total. Vale ressaltar ainda, que a unidade de Simões Filho produz especificações de ferro-ligas de manganês, que nenhuma outra produtora nacional pode fazer.
A cidade de Simões Filho também sofrerá com a decisão unilateral da Vale. Em plena capacidade, a unidade, tem um faturamento de cerca de R$ 600 milhões de reais por ano. Sendo assim, é a responsável pela segunda frente de arrecadação do município.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Simões Filho, juntamente com a Federação Estadual dos Metalúrgicos e Mineradores da Bahia, vem realizando diversas manifestações na portaria da usina, como a grande assembleia, que reuniu muitos trabalhadores, no dia 11 deste mês.
Segundo Cabo Rika, diretor do Sindicato, o que mais chama a atenção neste caso é que existem interessados em assumir a operação da unidade de Simões Filho, bem como seus passivos ambientais, o que permitiria a manutenção dos postos de trabalho. “Porque então a Vale, na calada da noite, sem discutir com o Sindicato, nem com o Poder Municipal e Estadual, tomou essa decisão? Se essa decisão se mantiver, contribuirá para empobrecimento, ainda maior da região, e os empregados não terão seus empregos de volta. ”, completa o dirigente.
A paralisação da unidade de Simões Filho trará para economia nacional um outro grande problema. “ O fim das atividades causará uma recessão no mercado siderúrgico nacional, levando diversas siderúrgicas a importar grande parte das suas necessidades de ligas de manganês, pois as outras produtoras não são capazes de suprir o mercado nem em quantidade nem em qualidade de ligas”, informa Cabo Rika.
Além disso, será necessário montar um plano para que toda a área, onde a empresa atua em Simões Filho, seja totalmente descontaminada e todo material retirado deverá ser direcionado a um aterro controlado, o que terá um custo extremamente elevado.
É de conhecimento do Sindicato que as ferro-ligas, responsáveis pelos 40% produção nacional, estão em suas capacidades máximas e obtendo excelentes margens de lucros. Por conta disso, a entidade não aceita esta atitude da Vale e permanecerá negociando com a mesma, afim de que ela volte atrás em sua decisão ou para que vendam a usina, mantendo, assim, o emprego dos trabalhadores.
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