Por: Simone Kafruni, Edis Henrique Peres, Natália Bosco
Queimadas devastam as matas e os animais do Pantanal há 40 dias. O bioma vive seu momento mais difícil desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a registrar focos de calor. Aumento das queimadas nos biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica fizeram com que o governo federal reconhecesse a situação de emergência no estado do Mato Grosso do Sul. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. O governador Reinaldo Azambuja decretou emergência ambiental por 90 dias.
Em nota, o governo do estado disse que a unidade federativa receberá recursos federais para ampliar as estruturas de combate aos incêndios em seus 79 municípios. “Com o reconhecimento federal, o decreto flexibiliza e agiliza ações imediatas como a contratação de brigadistas e o aluguel de aeronaves”, explicou o governador. Em todo o estado, 1,4 milhão de hectares dos três biomas foram queimados neste ano, conforme estimativa do Ibama/Prevfogo.
Mas as queimadas no país não se limitam ao estado. De acordo com levantamento e imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), a quantidade de focos de incêndio tem crescido por todo o território brasileiro (veja arte). Os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal ocupam os três primeiros lugares do ranking negativo. Segundo dados do Inpe, o número de focos no Pantanal em setembro é de 4.611, um aumento de quase 60% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A pior marca registrada no bioma desde 1998 era de 5.993, em agosto de 2005. No ano inteiro de 2019 foram registrados 10.025 focos. Em 2020, de janeiro até o dia 13 de setembro, eram 14.764.
Dados do Inpe revelam que o bioma mais afetado, este ano, é a Amazônia, com 48,1% dos focos registrados desde janeiro, um total de 64.499. Em seguida vem o Cerrado, com 28,2% do total; e o Pantanal, com 11,5%. O Sudeste também preocupa. Entre janeiro e agosto deste ano foi registrado um aumento de 53% no número de queimadas em São Paulo em relação ao mesmo período de 2019. São 2.744 focos de incêndio no estado. Em Ribeirão Preto, ao menos 12,9 mil hectares foram destruídos pelo fogo entre maio e agosto de 2020.
Segundo o presidente da Associação de Servidores do Ibama, Alexandre Contijo, há um descaso com o trabalho dos órgãos de fiscalização ambiental. “A política ambiental sempre foi deixada de lado por falta de recursos, coisas nesse sentido. Mas o que a gente tem visto, recentemente, não é apenas um descaso, é um ataque ativo ao trabalho dos órgãos ambientais em efetivar a legislação”.
Vilão
O Brasil, que já liderou a agenda ambiental global, deixou de ser bom exemplo e passou a vilão do meio ambiente, com recordes de desmatamento e queimadas em todo o país. O governo de Jair Bolsonaro é acusado de não agir com eficácia no combate aos crimes ambientais e de só ter recuado em algumas medidas extremas, como a mineração em terras indígenas, depois de sofrer forte pressão de ambientalistas e, sobretudo, agentes políticos e econômicos estrangeiros, como fundos de investimentos internacionais, grandes empresas multinacionais e governos e parlamentos de diversos países.
Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, lembrou que de 2004 a 2012, o Brasil conseguiu reduzir em 80% o desmatamento e se tornou líder mundial da agenda ambiental. “O Brasil já teve 27 mil km² de desmatamento em 2004 e reduziu para 5 mil km² em 2012. Isso ocorreu com demarcação de territórios, melhoria na capacidade de implementação da legislação, fortalecimento dos órgãos ambientais e, sobretudo, uma mensagem de combate ao desmatamento. No entanto, o que estamos vendo agora é a destruição de tudo que foi conquistado”, alertou.
Para Luiza Lima, da campanha de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil, o governo não está freando a agenda ambiental. “Está acelerando a agenda antiambiental e tenta transformar a imagem sem mudar a realidade.”
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