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Centrais Sindicais lançam campanha #600peloBrasil nesta quinta-feira (17)

Geral, 17 de Setembro de 2020 às 15:27h

A campanha visa manter o pagamento do auxílio emergencial sem redução do valor.

As centrais sindicais lançam nesta quinta-feira (17) a campanha #600peloBrasil, com ênfase na mobilização para sensibilizar o Congresso Nacional. O objetivo é impedir que o governo Bolsonaro contrarie mais uma vez a classe trabalhadora e a população vulnerável reduzindo à metade o valor do auxílio emergencial.

 

Os dirigentes também reiteraram a solidariedade e participação nos atos em apoio à greve dos Correios, bem como na Campanha em Defesa dos Serviços Públicos.

 

Pressão no Congresso

 

Com abaixo-assinado, ações nas mídias sociais e nos locais de trabalho, a CTB e outras 10 centrais sindicais propagam o slogan “600 Pelo Brasil – Coloca o auxílio emergencial pra votar, Maia”, induzindo o presidente da Câmara a colocar em votação a Medida Provisória 1.000/2020, publicada pelo governo federal no dia 3 de setembro. O governo teme uma derrota e quer evitar a votação.

 

A campanha defende a renda básica permanente e terá o apoio das torcidas organizadas, dos movimentos sociais, bem como de partidos e organizações progressistas.

 

Vota 600

 

A MP prorrogou o auxílio emergencial até dezembro de 2020 e rebaixou seu valor à metade (R$ 300,00), mas tem de ser aprovada no Congresso Nacional. Aprovar a medida cortando o valor do benefício à metade provocaria desgaste aos parlamentares nesse momento de pré-campanha eleitoral municipal.

 

O texto da MP recebeu nada menos que 262 propostas de emenda de deputados e senadores. Boa parte delas eleva o valor do auxílio, um sintoma de que o novo valor proposto por Jair Bolsonaro e seu lastimável ministro da Economia, Paulo Guedes, não goza de boa reputação entre os parlamentares. Compreensivelmente, deputados e deputadas, senadores e senadoras ficam mais sensíveis no momento em que o ofício lhes exige que peçam o voto popular.  

 

Se for colocada em votação pelo presidente da Câmara, a MP pode ser rejeitada e o auxílio permanecer no valor de R$ 600,00. Um eventual veto, em nome do dogmatismo fiscal, também desgastaria Bolsonaro e pode embaralhar seu sonho de reeleição em 2020. Por isso, interessa ao presidente e aos parlamentares que o apoiam evitar a votação da MP, deixar que ela caduque depois de vigorar nos próximos meses.

 

Em contraposição, conforme destacam as lideranças, o propósito das centrais sindicais é defender a vida, os direitos e os interesses da classe trabalhadora, especialmente as camadas mais vulneráveis; preservar os 600 reais e lutar por medidas emergenciais contra o desemprego em massa.

 

Outro ponto ressaltado pelos sindicalistas é que o corte no valor do benefício é contraproducente do ponto de vista econômico. Os economistas são unânimes na conclusão de que o auxílio emergencial foi fundamental para amenizar os efeitos dolorosos da crise econômica alavancada pela pandemia do coronavírus ao aquecer o mercado interno e aliviar a queda das vendas no varejo. Sem ele, o tombo do PIB seria maior.

 

Chega de sacrificar o povo. Os ricos também devem arcar com o ônus da crise

 

Por esta razão o novo valor proposto por Bolsonaro é considerado inaceitável no meio sindical. O presidente da CTB, Adilson Araújo, rebate os argumentos de que o governo não tem dinheiro e sustenta que existem meios de financiar as despesas decorrentes do benefício.

 

“É preciso cobrar dos mais ricos a contribuição necessária para contornar a crise”, sugeriu. “É hora de promover inovações tributárias progressistas como a instituição de um imposto sobre grandes fortunas, a taxação das remessas de lucros e dividendos das transnacionais, o aumento das alíquotas de tributos incidentes sobre as heranças, entre outras. O governo pode recorrer inclusive à emissão de moeda, como recomendam muitas especialistas”, acrescentou.

 

“É preciso cobrar dos mais ricos a contribuição necessária para contornar a crise”, sugeriu. “É hora de promover inovações tributárias progressistas como a instituição de um imposto sobre grandes fortunas, a taxação das remessas de lucros e dividendos das transnacionais, o aumento das alíquotas de tributos incidentes sobre as heranças, entre outras. O governo pode recorrer inclusive à emissão de moeda, como recomendam muitas especialistas”, acrescentou.

 

Calendário das centrais

 

Lançamento da campanha dia 17/09 as 11hs e apresentação para a grande mídia as 13hs.
Aprovado os materiais e o foco da campanha apresentada conforme documento anexo.

 

2- Apoio a greves dos trabalhadores dos Correios


Encaminhamentos:


Centrais farão contatos de modo a viabilizar pressão junto ao TST sobre o julgamento da greve;


Centrais participarão das atividades de apoio a greve nos dias 17 e 21/09/2020;


Será realizada uma reunião na sexta-feira (18/09/2020) entre as Centrais Sindicais que tem entidades que representam os trabalhadores dos Correios com os respectivos sindicatos para debater a situação e desfecho da greve.


3- Reforma administrativa


Encaminhamentos:


Será realizada uma reunião das Centrais específica sobre a reforma administrativa no dia 22/09/2020 as 09h30, na qual serão convidadas as entidades sindicais que compõe a Campanha de Defesa dos Serviços Públicos.

 

Fonte: CTB Nacional

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