Semana passada, duas situações evidenciaram o momento delicado que passa o setor automotivo nacional, diante do anúncio de demissões e retirada de direitos históricos da categoria em todo país.
Os trabalhadores da Ford em Taubaté (SP) paralisaram as atividades por três dias, após a demissão de 12 funcionários. O movimento só foi encerrado depois de um acordo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no dia 24, que prevê que Sindicato e montadora negociem alternativas para o excedente de funcionários na unidade. A possível reversão das 12 demissões e o pagamento dos dias parados também serão negociados.
A Ford Taubaté disse que as demissões têm como objetivo “adequar os volumes de produção em função da queda nas exportações para a Argentina e do término do fornecimento de motores e transmissões para o México em 2019” e que está com excedente de 350 funcionários. Atualmente, a unidade emprega 1,3 mil pessoas.
Importante lembrar que em novembro de 2018, 133 funcionários foram demitidos através de um PDV paliativo à greve (na verdade vários trabalhadores foram demitidos sem opção de escolha). E mais. A Ford em Taubaté já deixou claro que independetemente da Justica, vai demitir mais 350 trabalhadores até o Carnaval.
Na GM de São José dos Campos, também em São Paulo, a situação é ainda mais complicada. A empresa quer retirar vários direitos e anunciou as medidas no último dia 23.
A GM quer a redução do piso salarial de R$ 2,3 mil para R$ 1,6 mil e retirar a estabilidade de emprego dos trabalhadores com lesão ocupacional ou acidente de trabalho (em São José dos Campos são 1,3 mil funcionários nesta situação).
Outras medidas danosas aos trabalhadores são a mudança no sistema de banco de horas, flexibilização da jornada de trabalho, com a implantação da categoria 12x36, e abertura para terceirização para todos os setores da empresa. E não para por ai, a GM de São José dos Campos ainda quer a implementação do trabalho intermitente, redução do adicional noturno e parcelamento das férias, entre outras medidas. É um verdadeiro pacote de maldades.
Para o STIM Camaçari, a situação do setor automotivo em outras bases chama atenção dos metalúrgicos de todo país para a ofensiva das montadoras contra os trabalhadores. “O que está acontecendo em São Paulo, sem dúvida, nos deixa em alerta para que consigamos preservar nossos empregos e nossos direitos”, diz Júlio Bonfim, presidente do Sindicato.
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