Notícias

Batalha contra reforma trabalhista continua na CAS do Senado

Geral, 07 de Junho de 2017 às 16:09h

Após votação apertada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (6), o relatório da reforma trabalhista, Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/17, chegou à Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para apreciação. A previsão é que o projeto seja lido nesta quinta-feira (8) em uma sessão extraordinária.
 
Agência Senado
Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) O governo tem pressa e tenta articular para garantir a votação do projeto na comissão ainda na próxima semana para que a reforma seja levada para o plenário até o final do mês.
 
“Foi marcada reunião extraordinária para esta quinta-feira. Isso é inédito, nunca aconteceu. Nunca houve reunião na quinta-feira. Portanto, amanhã vamos discutir o calendário e não vamos abrir mão das audiências públicas, ou seja, amanhã será um campo de guerra”, resumiu a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
 
Nesta quarta (7), foram aprovados os requerimentos do senador Paulo Paim (PT-RS) que propôs a realização de diligências para debater os impactos da reforma junto aos trabalhadores do campo e da cidade, antes da votação do projeto no Senado. No entanto, a tropa de choque do governo entrou em campo para barrar a medida, afirmando que interferiria no calendário proposto pelo governo para a tramitação da reforma, e ficou acordado que as diligências aconteceriam, mas sem interferir no andamento da tramitação da proposta.
 
Segundo a senadora Vanessa, a votação será disputada voto a voto até que o projeto chegue ao Plenário. Ela enfatiza que a oposição busca demonstrar que o texto é prejudicial para o trabalhador e para o país.
 
“Para os trabalhadores, o prejuízo é imensurável. Mas há um prejuízo para o próprio país que vai na contramão do que o Brasil necessita, pois retira dinheiro da Previdência”, destaca a senadora.
 
“É uma carta branca a um presidente que não merece e não tem a confiança da população e o Senado não pode agir de forma subserviente a esse governo”, frisou.
 
A senadora comunista adverte que os que votarem contra os trabalhadores devem lembrar que deverão prestar contas aos trabalhadores brasileiros, ainda mais num ano pré-eleitoral.
 
Vanessa Grazziotin apresentou nesta terça-feira (6) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) voto em separado pedindo a rejeição da reforma. De acordo com ela, o projeto vai na contramão do conceito de ordem econômica da Constituição, apontando como subsídio o que a Carta Magna define sobre a prestação de serviços, que deve valorizar o trabalho humano, assim como o resultado desse trabalho deve assegurar existência digna para os dois lados da atividade econômica.
 
“Ainda que se admita a necessidade de se adaptar a legislação trabalhista às novas relações econômicas, fortalecendo, assim, o entendimento entre as categorias econômicas e profissionais, tal reconhecimento não pode ocasionar a sobreposição da livre iniciativa sobre o trabalho humano, equiparando-o aos demais fatores de produção, visando, apenas, à redução dos custos da mão de obra, com o incremento exponencial da mais-valia decorrente do labor do obreiro”, diz trecho do voto de Vanessa.
 
 
Em entrevista ao Portal Vermelho, a senadora afirmou que também deve preparar voto em separado para apresentar na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
 
Do Portal Vermelho, Dayane Santos, com informações da Agência Brasil

Outras Notícias

Acesso restrito

Boletim Online

Cadastre-se e receba nossos boletins.

Parceiros