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Trabalhadores da Ford paralisam atividades contra a Reforma da Previdência

Geral, 07 de Abril de 2017 às 11:43h

 
 
Cerca de 4,5 mil trabalhadores do Complexo Ford paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira (7), na unidade de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador. A assembleia, promovida pelo Sindicato dos Metalúrgicos e pela CTB, foi realizada em frente ao portão principal da montadora, e reforçou a importância da mobilização para a greve geral no Brasil, confirmada para 28 de abril, contra as Reformas da Previdência e Trabalhista, propostas pelo governo Temer. As atividades na montadora só foram retomadas por volta das 8h da manhã.
 
Com grande adesão dos funcionários da Ford, a assembleia reforçou os riscos para a classe trabalhadora caso a Reforma da Previdência seja aprovada. Na prática, a reforma impede que o trabalhador se aposente. Para o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, a reforma da Previdência é o preço da conta que, sobretudo os bancos, cobram agora do governo Temer. “Chega a ser desumano o que o governo ilegítimo de Temer quer fazer com a população. A idade mínima de 65 anos é uma crueldade com o trabalhador, que, apesar de se dedicar a vida toda, muito dificilmente vai conseguir se aposentar. Por isso, precisamos impedir esse retrocesso ocupando as ruas”, explica Araújo.
 
Já o secretário de Previdência da CTB, Pascoal Carneiro, criticou as mudanças nas leis trabalhistas, com a ampliação e liberação irrestrita da terceirização. “O governo Temer quer rasgar a CLT e acabar com a Justiça do Trabalho, permitindo ao setor empresarial arrancar do trabalhador uma série de direitos históricos”, disse Carneiro.
 
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, convocou os funcionários da Ford para a greve geral, no dia 28, e destacou o protagonismo que a classe trabalhadora precisa ter para impedir esses retrocessos. “Estamos vivendo uma situação muito preocupante, que pode afetar a vida de toda a população daqui para frente. Querem retirar nossos direitos a qualquer custo. Por isso, temos o dever de promover uma ampla manifestação no dia 28 e mostrar a força dos trabalhadores nessa difícil luta”, explicou Bonfim.
 
 
 

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