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Trabalhadores são impedidos de entrar no Congresso

Geral, 09 de Setembro de 2013 às 12:24h

Durante manifestação pedindo fim de votação de Projeto de Lei (PL) que precariza o trabalho, lideranças da Fitmetal, junto com outros 150 trabalhadores, foram impedidos pela polícia de entrar no Congresso Nacional. A votação do PL, mais uma vez, foi adiada.

 

Lideranças da Fitmetal, juntamente com mais de 300 sindicalistas, estão acampados em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, nesta terça-feira (3) para protestar contra a tramitação do Projeto de Lei 4.330/2004, de autoria do deputado Federal Sandro Mabel (PR-GO), que prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade empresarial sem estabelecer limites ao tipo de serviço que poderá ser contratado.
 
A manifestação, organizada pelas centrais sindicais, após uma reunião realizada ontem, em Brasília, quando não houve acordo entre empresários, deputados e trabalhadores sobre criar limites para a terceirização, um dos principais pontos de impasse do projeto. Patrões, deputados e governo aceitam que a contratação de empregados terceirizados ocorra em qualquer etapa da cadeia produtiva. Já as centrais entendem que a aprovação do PL precarizará ainda mais as condições de trabalho, já que o objetivo será reduzir custos para aumentar a competitividade e os lucros.
 
O presidente da Fitmetal Marcelino Rocha, o diretor setorial Alex Ferreira dos Santos, o secretário-geral Wallace Paz e o secretário Norte e Nordeste Aurino Pedreira estão presente nesses protestos e, junto com outros manifestantes, tentaram entrar no Congresso Nacional para expressarem repúdio e impedir a votação do PL 4.330, que estava prevista para ser votada nesta terça, na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) da Câmara dos Deputados. Porém, foram impedidos pela polícia.
 
“Utilizaram a força policial para dispersar os movimentos sociais e os impedirem de expressar suas opiniões sobre o PL. Barraram não só nossa entrada, mas também nossos direitos democráticos”, afirma Wallace. Para ele, as constantes mudanças de datas para votação do PL buscam desgastar a força dos trabalhadores, e poderem votar a PL sem uma exposição direta, o nosso compromisso e justamente não deixar que eles possa nos golpear com mais esta, que trás para os trabalhadores um grande prejuízo. Aurino lembra que o adiamento da votação deve servir para reforçar o trabalho de conscientização que terceirizar significa a precarização do trabalho.
 
“Apesar de essa lei ter sido adiada, temos receio que eles usem de mecanismos ardilosos para aprovarem esse PL, como uma votação em plena madrugada. Temos que ficar atentos, continuar no trabalho de conscientizar a base e seguir pressionando. A guerra ainda não foi ganha”, diz.
 
Fonte: FITMETAL Brasil
 

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