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Toyota não é mais a líder mundial na venda de veículos

Geral, 01 de Fevereiro de 2017 às 16:14h

A Volkswagen tirou da Toyota o título de maior montadora mundial de automóveis, em 2016, superando os danos sofridos por sua marca com o escândalo de emissões de seus motores diesel.
 
O grupo automobilístico japonês, que também inclui as subsidiárias Daihatsu e Hino, anunciou nesta segunda-feira (30) que suas vendas mundiais subiram 0,2%, para 10,2 milhões de veículos em 2016.
 
Elas ficaram abaixo dos 10,3 milhões de veículos vendidos pela Volkswagen e as demais marcas do grupo –Audi, Porsche, Škoda e Bentley.
 
O final do reino de quatro anos da Toyota no topo do mercado veio em um momento no qual ela enfrenta novos desafios nos Estados Unidos, onde o presidente Donald Trump criticou a indústria automobilística japonesa, e especialmente a Toyota, por seu investimento no México.
 
A empresa respondeu com uma promessa de investir US$ 10 bilhões nos Estados Unidos nos próximos cinco anos e anunciou na semana passada a criação de 400 empregos em sua fábrica em Princeton, Indiana.
 
A Toyota, que fabrica também a marca Lexus, superou a General Motors em 2008 e se tornou a maior montadora mundial de carros. Em 2011, ela perdeu o título por breve período, por causa do terremoto em Tohoku e do tsunami que se abateu sobre o Japão, mas retomou o posto no ano seguinte.
 
ESCÂNDALO
 
As tentativas da Volkswagen superar a Toyota foram prejudicadas pelo escândalo de emissões, revelado em setembro de 2015.
 
Até 11 milhões de veículos vendidos pela empresa em todo o mundo estavam equipados de "dispositivos manipuladores" para reduzir as emissões de óxido de nitrogênio durante testes de laboratório.
 
Mas a empresa continuou a se sair bem na China, onde suas vendas subiram em 12%, para quase 4 milhões de veículos, no ano passado.
 
Os analistas dizem que as vendas nos dois maiores mercados mundiais de automóveis –Estados Unidos e China– continuarão a ter papel crítico no esforço da Volkswagen para manter a vantagem sobre a Toyota em 2017.
 
Com as vendas de carros nos Estados Unidos aparentemente se aproximando de um pico, a Toyota deve ter de enfrentar uma desaceleração mais ampla na demanda por veículos, além da pressão do presidente dos Estados Unidos por mais investimento e mais produção no país.
 
A montadora japonesa disse que antecipa que suas vendas mundiais repitam os 10,2 milhões de unidades de 2016, neste ano, já que o objetivo da empresa é lucro firme e não uma expansão acelerada de vendas.
 
"A questão é se a Toyota conseguirá manter as vendas na China, com o crescimento lá em declínio e se conseguirá mantê-las nos Estados Unidos, onde o mercado está chegando ao pico", disse Masahiro Akita, analista do Credit Suisse.
 
A Volkswagen também tem desafios a enfrentar, com a expectativa de desaceleração de vendas na China depois que os consumidores correram a comprar carros no final do ano passado, antes que os benefícios fiscais concedidos na compra de carros pequenos expirassem.
 
As autoridades chinesas, no entanto, decidiram manter os benefícios em 2017. Mas analistas dizem que a Volkswagen e outras montadoras dificilmente conseguirão repetir os fortes resultados do ano passado na China.
 
Fonte: Financial Times via Folha de São Paulo
Pesquisa e seleção de Marko Ajdaric

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