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MG: metalúrgicos param por questões salariais

Geral, 20 de Dezembro de 2016 às 09:33h

Divinópolis (MG): Trabalhadores de siderúrgicas paralisaram atividades em reinvindicação a melhorias nas condições de trabalho e aumento de 20% no salário. 
 
Pelo menos 90% dos operários da siderúrgica Unisider ficaram durante todo o dia em frente à empresa forçando um acordo entre o Sindigusa (Sindicato das Indústrias Siderúrgicas do Oeste de Minas) e o Sindicato dos Metalúrgicos. Como nenhum acordo foi estabelecido, os trabalhadores prometeram continuar com a paralisação e a estender para outras siderúrgicas.
 
Trabalhadores de siderúrgicas paralisaram atividades em reinvindicação a melhorias nas condições de trabalho e aumento de 20% no salário. Pelo menos 90% dos funcionários da siderúrgica Unisider ficaram durante todo o dia em frente à empresa forçando um acordo entre o Sindigusa (Sindicato das Indústrias Siderúrgicas do Oeste de Minas) e o Sindicato dos Metalúrgicos. Como nenhum acordo foi estabelecido, os trabalhadores prometeram continuar com a paralisação e a estender para outras siderúrgicas.
 
Desde as 6 horas da manhã do dia 15, os colegas começaram o seu movimento, não entrando para o primeiro turno. Três viaturas da Polícia Militar compareceram ao local em caso de manifestações violentas, mas como a ação foi pacífica somente uma viatura permaneceu.
 
 
De acordo com Antônio Eustáquio, membro do Sindicato dos Metalúrgicos, desde o mês de janeiro os metalúrgicos vêm tentando negociar com o Sindigusa um aumento de salário para os trabalhadores. "A partir de fevereiro voltaram quase todas as empresas a funcionar e eles vêm adiando a negociação, nós mandamos a notificação para o Sindigusa e para as empresas e esperamos até ontem (14) às 18h e não tivemos retorno, por isso os trabalhadores revoltados com as condições de trabalho e com os salários baixos resolveram paralisar".
 
Eustáquio avalia que os metalúrgicos reclamam melhores condições de trabalho, como o pagamento de insalubridade devido aos riscos apresentados pelas siderúrgicas."Têm setores de carregamento, pátio, de carregamento de carvão que não recebem insalubridade, cortaram a insalubridade, votaram pagar o piso dos metalúrgicos que é de R$ 726, 00 e muitos estão em experiência, trabalham três meses e as empresas sempre estão fazendo rodízios para pagar menores salários", frisou.
 
 
Para o sindicalista, o Sindigusa deve fazer um acordo com a classe já que as empresas têm funcionado normalmente, após a crise no setor no ano passado. "Nós estamos vendo através do Sindigusa mesmo que houve um aquecimento no setor de gusa, nos últimos três meses, e nós tentamos negociar e chegou a essa situação, teve a reunião para saber se o setor faz alguma proposta, se não avançarmos provavelmente vamos estender à outras siderúrgicas de Divinópolis e região".
 
Na manhã do dia 15, pelo menos 90% dos siderúrgicos aderiram à greve. Segundo os trabalhadores, somente os operários do turno anterior que deveriam sair as 6 horas da manhã ainda trabalhavam. Eustáquio explicou que se a empresa não liberasse estes trabalhadores, o Ministério do Trabalho seria acionado por trabalharem mais de 10 horas diretas.
 
Os trabalhadores estavam indignados com a situação: um colega relatou que são muito cobrados dentro das empresas, mas o salário é muito baixo em relação aos serviços prestados, por isso a maior parte dos empregados aderiu à paralisação rapidamente.
 
 
O metalúrgico ainda esclareceu que a maioria das siderúrgicas está trabalhando na média, e a produção está normalizada. "A produção está normal, sempre aumentando, começou com 180 toneladas, passou pra 190 e agora estão fazendo 210 toneladas ao mês. Está só chegando caminhões de carvão e as condições de trabalho são péssimas, muita poeira na descarga de carvão e inclusive o que mais indigna é o não pagamento de insalubridade", finalizou.
 
Adaptamos de Gazeta do Oeste
Pesquisa, seleção e texto final de Marko Ajdaric
 

 

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