O Sindicato dos Metalúrgicos de Simões Filho se reuniu com a direção da Cameron Vescon, semana passada, para cobrar esclarecimentos sobre as últimas demissões ocorridas na empresa. Mais 14 trabalhadores perderam os postos de trabalho, exatamente pela falta de contratos com a estatal Petrobrás.
Durante a reunião, a Cameron apresentou um cenário complicado e justificou as demissões como forma de reduzir os custos até que a situação atual se torne favorável. Também garantiu que está buscando novos rumos para os negócios, através de empresas que já estão atendendo a exploração do pré-sal, uma forma de se manter competitiva no mercado, honrando os custos e preservando os contratos de trabalho na planta de Simões Filho, até que esta crise da falta de investimento na Bahia tenha uma solução.
Para a direção do Sindicato, há uma crise no setor, especificamente na Bahia, onde os postos considerados “maduros” pela estatal estão sendo desativados e, com isso, gerando milhares de demissões e prejuízos fiscais.
Os investimentos em 2011 foram na ordem de US$ 811 milhões, o que representa redução de cerca de 20%. A previsão para 2013 é de investir US$ 651milhões. Mesmo com a oferta dos novos campos exploratórios, a empresa decidiu não ampliar sua atividade extrativa no estado. No último leilão da ANP (Agência Nacional do Petróleo), a Petrobras não arrematou nenhum campo como operador.
A consequência direta de tal decisão será o comprometimento da receita fiscal da Bahia. Esta redução impactará negativamente na arrecadação anual, com ICMS e ISS na ordem de R$ 2.397 bilhões e R$ 158 milhões, respectivamente, em 2012.
Além das consequências fiscais, a falta de investimento da Petrobras na Bahia afeta significativamente o mercado de trabalho. Até o momento, houve redução de 1.490 postos de trabalho.
Diante da gravidade da situação, o Sindicato buscará, através das entidades representativas da categoria metalúrgica (CTB, FETIM e FITMETAL) criar pautas para levar aos governos municipal, estadual e federal, além do Ministério do Trabalho. “Precisamos de respostas concretas, não podemos mais admitir pura e simplesmente que a classe metalúrgica na Bahia continue sendo penalizada com o desemprego”, diz Valéria Possadagua, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Simões Filho.
Vale ressaltar que os sindicalistas classistas apoiaram os governos progressistas de Lula e Dilma para que o Brasil continuasse a crescer pautado pelas bandeiras da valorização do trabalho, democracia e a soberania. “Este é sem dúvida o resultado deste sistema capitalista perverso e cruel, que explora, adoece e mata os trabalhadores em detrimento do seu único objetivo maior, o lucro”, ressalta Valéria.
Natan teve uma longa e ativa trajetória na história dos Metalúrgicos na Bahia.
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