Cerca de 200 trabalhadores da Karmann Ghia protestaram, anteontem, por cerca de duas horas, em frente à fábrica, situada na Avenida Álvaro Guimarães, em São Bernardo (ABC Paulista). O principal pleito dos operários é que o dono da empresa de fato a assuma, e as dívidas de salários atrasados há três meses aos 330 profissionais – que estão em greve desde abril – e rescisões trabalhistas que deixaram de ser pagas em novembro do ano passado a 150 ex-funcionários, sejam quitadas.
O problema é que, no momento, a empresa está sem comando, já que, na quinta-feira, o juiz Rodrigo Faccio da Silveira, da 3ª Vara Cível de São Bernardo, indeferiu o pedido feito pela empresária Maristela Astorri Nardini para rever o preço do contrato de compra da Karmann Ghia. A transação foi fechada em 2014 e o valor fixado foi de R$ 17,8 milhões. Só que, das 22 prestações de R$ 400 mil e das 30 de R$ 300 mil, Maristela pagou apenas uma. Isso porque ela alegava dívidas de R$ 21,9 milhões referentes à participação em negócios deficitários, entre eles a metalúrgica Quasar, de Mauá, que está em recuperação judicial. O magistrado, entretanto, alega que a dívida não causou prejuízo à empresa, e que a compradora agiu de má-fé ao dar o calote e pagar apenas uma das 52 parcelas.
E o então proprietário, o príncipe Eudes Maria Regnier Pedro José de Orleans e Bragança – trineto do imperador Dom Pedro II –, nome que consta na Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo), embora não tenha se manifestado até o momento, pede no Judiciário reintegração de posse.
"Quem é o dono da Karmann Ghia? Precisamos saber isso. É fundamental. De quem vamos cobrar nossos direitos? O dom Eudes, se aparece como proprietário, tem que se pronunciar", diz Carlos Caramelo, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Cerca de 200 operários têm se revezado, desde sexta-feira, em grupos de 40 pessoas, na ocupação da fábrica, por tempo indeterminado. O local está sem energia elétrica desde o início da semana passada. "Até itens de higiene faltam na empresa. Mas os trabalhadores estão mobilizados porque é a indignação que os move. Eles estão perplexos com a situação de extrema incerteza e descaso. Esse acampamento é reativo. E é tudo o que eles têm", afirma Caramelo.
O sindicalista revela que será discutido com os profissionais a possibilidade de ingressar com ação na Justiça requerendo os pagamentos. Enquanto isso, integrantes da entidade têm feito campanha pedindo doações de cestas básicas e de caixas de leite para os empregados.
O passivo total da Karmann Ghia, que faz serviço de estamparia e ferramentaria para montadoras – sendo a Fiat seu principal cliente –, chega perto de R$ 300 milhões, conforme sua diretoria.
Texto de Soraia Abreu Pedrozo , do Diário do Grande ABC
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