Foi confirmada, nesta sexta-feira, pela direção da General Motors (GM) a demissão de 300 trabalhadores dos cerca de 800 do terceiro turno de trabalho, que foram colocados em regime de layoff (suspensão temporária dos contratos de trabalho) no dia primeiro de dezembro de 2015, na fábrica de Gravataí (RS). O fim do layoff foi neste sábado e o motivo do corte é o desempenho negativo das vendas do setor automotivo.
A informação foi dada pelo gerente de Assessoria Trabalhista e Relações Sindicais da GM do Brasil, Artur Bernardo Neto, ao presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (SMG), Valcir Ascari. Nesta segunda-feira, a diretoria do sindicato anunciará, em uma entrevista à imprensa, as medidas que a categoria pretende adotar.
Uma nota oficial da diretoria da GM resume a decisão: "Em dezembro de 2015, a General Motors iniciou um layoff para cerca de 800 empregados no complexo industrial de Gravataí, Rio Grande do Sul. Durante o período do acordo, que encerra no dia 30 de abril, mais da metade destes empregados retornaram ao trabalho pois a esperada recuperação do mercado, infelizmente, não aconteceu. Na realidade, houve queda de mais de 26% nas vendas da indústria apenas nos primeiros quatro meses de 2016".
Conforme Ascari, aproximadamente 500 trabalhadores, dos 800, foram reintegrados e distribuídos entre os primeiro e segundo turno de trabalho. "Mas o modelo Ônix, da GM, fabricado aqui em Gravataí, é o carro mais vendido do Brasil. A GM, portanto, tem como absorver esses 300 metalúrgicos", acredita o dirigente sindical.
A montadora não tem planos nem prazos para a retomada das operações em terceiro turno de trabalho, no complexo automotivo de Gravataí. Hoje a fábrica emprega cerca de 3.500 trabalhadores e os fornecedores sistemistas, outros 3.500, calcula o SMC.
Os demitidos pertencem a setores como de pintura, mecânica e montagem.
A lista de demitidos também pode chegar aos sistemistas (trabalhadores de lojas que produzem peças para a GM). Em anos anteriores, a montadora chegou a empregar mais de 4.500 operários.
Fontes: adaptamos de Correio do Povo (Porto Alegre) e da Rádio Guaíba, também de Porto Alegre
Contribuição de Marko Ajdaric