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Assalto e pânico expõem mais uma vez insegurança na Vale

Geral, 25 de Abril de 2016 às 13:06h

 

Os constantes assaltos na unidade da Vale em Simões Filho têm instalado o pânico no chão de fábrica. Bandidos armados parecem não encontrar dificuldades para invadir a empresa e ameaçar a vida dos trabalhadores.

O caso mais recente aconteceu no dia 15 deste mês, quando um grupo de funcionários, que realizavam tranquilamente as atividades no aterro de resíduos, foi surpreendido por assaltantes. Além serem humilhados pelos criminosos, os trabalhadores tiveram os objetos pessoais roubados. E todo mundo sabe que a Vale não vai se responsabilizar pelos pertences que foram levados pelos assaltantes. Ou seja, além do drama psicológico, os funcionários ainda saíram no prejuízo.

Segundo o Sindicato, a Vale substituiu a empresa que faz a segurança patrimonial, por uma de custo menor pela prestação do serviço. No entanto, os vigilantes vêm sofrendo muito assédio moral, atrasos nos salários e falta de condições para desenvolver suas funções. Segundo o Sindicato, eles são colocados em áreas desertas e bastante perigosas, sem aparelhamentos para desenvolverem as atividades, tendo que colocar a própria vida em risco. Por isso, a Vale também é responsável pela segurança desses trabalhadores.

A insegurança na Vale também se reflete em acidentes. Em março deste ano, o empregado José Vanderlan morreu no exercício da atividade dentro da empresa e, até agora, a Vale não apresentou relatório para esclarecer as circunstâncias da morte do trabalhador e definir quais medidas serão adotadas para evitar novas tragédias. O Sindicato, através do seu departamento Jurídico, já encaminhou denúncia ao Ministério Publico do Trabalho e aguarda audiência.

O descaso da Vale se repete em escala nacional. A empresa vem se transformando na maior geradora de problemas sociais, fugindo da linha de maior mineradora do mundo. Nos últimos meses vários acontecimentos têm colocado em dúvida a capacidade da Vale de administrar a segurança operacional de suas unidades. Exemplo terrível disso é a tragédia em Mariana-MG, que causou morte e dor e provocou danos ambientais que levarão décadas para serem reparados.

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