Cerca de 1.000 operários e ex-operários da Mabe Brasil, que fabrica fogões e geladeiras, ocuparam anteontem as unidades da empresa em Campinas e em Hortolândia. A ocupação acontece após um pedido de falência da empresa ser aceito pela justiça. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, a dívida da empresa com salários nos últimos meses soma R$ 19.100.000, sem contar as homologações dos demitidos.
Desde 22 de dezembro do ano passado, os trabalhadores estavam acampados na porta da empresa. Segundo Sidalino Orsi Junior, presidente do sindicato, a ocupação é 'para impedir que máquinas ou qualquer outra coisa sejam retiradas de dentro da empresa e para forçar uma situação para ver se a Mabe ou a administração judicial venham conversar'.
Segundo ele, a fábrica parou de operar no dia 22 dezembro, quando os cerca de 1.900 operários entraram em licença remunerada. 'Mas ninguém tem recebido os salários e apenas 25% do 13º (salário) foi pago. Nesse período, foram demitidos 342 trabalhadores por telegrama, incluindo 110 estáveis, adoecidos pelo trabalho. Eles queriam parcelar as verbas rescisórias em 24 vezes, mas não aceitamos', disse o presidente.
A diretoria da empresa informou que entrou com pedido de recuperação judicial em maio de 2013 e, para isso, se comprometeu a cumprir um plano de negócios, que exigia, entre outras coisas, o pagamento a credores nos prazos estipulados e geração de receita, para manter suas atividades.
Nesse período, um administrador designado pela justiça ficou encarregado de verificar o cumprimento do plano de negócios, para continuidade da recuperação judicial. Porém, em dezembro ele pediu a falência da empresa por divergências no cumprimento do plano.
O administrador judicial designado pela justiça para gerenciar a massa falida da Mabe disse que tem interesse em receber o sindicato para discutir um plano de continuidade da massa falida. 'No momento, os trabalhadores estão habilitados a receber o FGTS e seguro-desemprego. A massa falida não tem receita suficiente para pagar as rescisões', informou em nota.
Para gerar essa receita, o administrador judicial já apresentou um plano de continuidade à justiça. De acordo com o plano, a massa falida passaria a ser acionista de uma nova empresa, com os equipamentos remanescentes da anterior. Segundo a nota, há também o interesse em recontratar os operários para a nova empresa. Com os lucros dessa nova companhia o objetivo seria pagar as dívidas das rescisões. O administrador judicial apontou que aguarda contato do sindicato e abertura do diálogo.
Fonte: Todo Dia
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