A mídia brasileira, sem qualquer compromisso com o jornalismo, protege seus anunciantes. Afinal, eles garantem fortunas em publicidade e não podem ter as suas imagens abaladas junto aos ávidos e alienados consumidores.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
Seletividade da mídia quando o assunto são seus patrocinadores. Seletividade da mídia quando o assunto são seus patrocinadores.
No mundo inteiro, segue repercutindo o escândalo de corrupção da Volkswagen, que fraudou milhões de dispositivos de controle dos poluentes. Nesta segunda-feira (8), mais um diretor da multinacional alemã pediu demissão para tentar abafar o caso, segundo relato da agência espanhola Efe. A mídia nativa, porém, deu apenas pequenas notinhas sobre a degola.
De acordo com a agência de notícia, o diretor do controle de qualidade Frank Tuch "deixou a companhia 'voluntariamente' e será substituído, a partir de segunda-feira (15), por Hans-Joachim Rothenpieler. A empresa realiza mudanças nos postos de direção desde que explodiu o escândalo de manipulação da emissão de gases" e já reduziu pela metade o número dos seus diretores. Frank Tuch dirigia o setor de controle de qualidade desde 2010, tendo trabalhado antes na DaimlerChrysler e na Porsche. Ele foi indicado pelo ex-presidente Martin Winterkorn, que também renunciou quando o caso veio à tona.
Desde a explosão do escândalo de corrupção, em setembro passado, a montadora sofre processos em várias partes do mundo. No final de janeiro, dezenas de acionistas ingressaram em um tribunal alemão em busca da compensação pela queda das ações. O escritório de advocacia Nieding-Barth exige milhões de euros em pagamento por danos em nome de 66 investidores dos EUA e Reino Unido. "Somando-se a isso, reunimos milhares de investidores privados. Assim, achamos que somos a maior plataforma para ações contra a Volkswagen na Alemanha", explicou Klaus Niedling.
Mas a multinacional alemã - que fraudou os dispositivos de controle de poluentes em 11 milhões de veículos vendidos em todo o mundo - não é a única montadora metida em corrupção. Em meados de janeiro, a empresa francesa Renault admitiu ter sido alvo de investigações sobre "fraudes ecológicas". Investigadores do governo fizeram buscas na sede da montadora, em suas instalações de engenharia no sul de Paris e em um centro técnico a oeste da capital. Há indícios de que ela também burlava a fiscalização do controle de poluentes para reduzir seus custos e elevar seus lucros. A denúncia fez as ações da multinacional despencarem nas bolsas de valores.
E a sujeira no setor privado não acabou. Também em janeiro, a multinacional italiana Fiat foi abalada com as notícias de uma ação judicial nos EUA por causa de uma suposta maquiagem nos números de vendas da empresa. A montadora negou as denúncias, mas suas ações nas bolsas também derreteram na Europa. Estes três casos se somam aos constantes recalls em veículos para corrigir os defeitos de fabricação. Como se observa, a iniciativa privada - num setor de ponta da economia - não é tão ética e nem tão eficiente como a mídia venal difunde. Mas a publicidade explica o seu silêncio cúmplice. O triste é que muitos "midiotas" ainda acreditam na neutralidade do jornalismo. Pobres otários!
*Altamiro Borges é blogueiro, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão da Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.
Título original: Volks, Renault, Fiat e a corrupção privada
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