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Insistir no diálogo amplo para impedir retrocessos

Geral, 12 de Janeiro de 2016 às 16:55h

O líder da CTB é o quinto entrevistado pela Agência Sindical na série com os presidentes das Centrais. Adilson afirma: “A luta principal deve ser a defesa da democracia. Para isso, o sindicalismo precisa manter sua unidade e ampliar a articulação com os movimentos sociais e o Congresso Nacional”. Ao fazer um balanço de 2015, ele observa: “Foi nossa unidade que impediu a quebra de conquistas trabalhistas e o desmonte de direitos sociais. O grande capital quer restabelecer a hegemonia neoliberal".


Para isso, seus agentes fustigam a democracia e tentam desestabilizar governos. “É o que se vê na Venezuela, na Argentina e também no Brasil. Querem a volta do Estado mínimo e a supressão de direitos”, afirma Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.

O sindicalista lembra que, mesmo com forte crise política e econômica, houve avanços no ano passado. “Mais de 65% das categorias tiveram reajuste igual ou superior à inflação; derrotamos o PL da terceirização; evitamos a prevalência do negociado sobre o legislado; conseguimos manter a política de recuperação do salário mínimo; e isso não é pouco."

Para Adilson, o movimento “Compromisso pelo Desenvolvimento” foi outra iniciativa correta do sindicalismo. “Com união e diálogo, conseguimos reunir Centrais e entidades do setor produtivo em torno de sete propostas que levamos ao governo”, diz. Um dos frutos da ação é a MP que alterou regras nos acordos de leniência. Os entendimentos continuam e a expectativa é avançar em direção a mudanças na política econômica. “Se o governo não dialogar com as forças sociais, seguirá refém da pauta da oposição”, argumenta.

Outra iniciativa saudada pelo dirigente da CTB é a retomada do PAC da construção. Mas há outros setores que precisam ser incrementados, como energia, gás e naval, conforme indica documento do Dieese. Adilson também apoia a proposta forcista de renovação da frota de veículos. “Nosso foco deve ser a defesa da democracia com crescimento econômico. Todas essas medidas ajudam”, ele comenta.

Críticas -Além de citar o pouco diálogo do governo com os movimentos sociais, Adilson Araújo critica a política de ajuste fiscal, a insistência nos juros altos e o balão-de-ensaio sobre reforma da Previdência. Ele deixa claro: “Nada que afete direitos tem a mínima chance de ser apoiado pelo sindicalismo”.

Fonte: Agência Sindical

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