O Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari vem negociando há meses com a Ford a adoção de medidas para evitar demissão em massa na Bahia. Uma das medidas que a entidade conseguiu da Ford é a implementação do PVD (Plano de Demissão Voluntária), anunciado nesta segunda-feira (14).
Inicialmente, a intenção da montadora era simplesmente demitir de forma generalizada, mas com muita insistência, o Sindicato conseguiu convencer a Ford a adotar o PDV, para dar a oportunidade a pessoas que realmente não desejam permanecer na fábrica, de fechar um bom acordo. O Sindicato conseguiu uma indenização de R$ 30 mil, além das verbas da rescisão. Assim, é possível preservar o emprego dos trabalhadores que querem continuar na fábrica.
Além do PDV, o Sindicato apresentou a Ford outras duas medidas para evitar demissão em massa: a concessão de férias coletivas a partir de fevereiro e o lay-off (suspensão do contrato de trabalho), que podem contribuir para a manutenção dos empregos na montadora, tendo em vista o encerramento do terceiro turno, que tem cerca de 2 mil trabalhadores, a partir de março do ano que vem.
Por enquanto, a Ford mantém resistência sobre essas duas propostas, mas o Sindicato vai permanecer firme na luta pela empregabilidade. O objetivo da entidade é impedir o quadro absurdo de desemprego, como ocorre atualmente nas montadoras instaladas em São Paulo, por exemplo.
“A Ford não pode jogar nas costas dos trabalhadores a conta da crise econômica que o país atravessa. Não vamos aceitar demissão em massa. Esperamos que a empresa seja sensível aos trabalhadores e adote medidas sugeridas pelo Sindicato para preservação dos empregos”, diz Júlio Bonfim, presidente do Sindicato.
As negociações para garantir do emprego com a Ford têm dado resultado. O Sindicato já conseguiu garantir a absorção de 714 trabalhadores da DHL por parte do Complexo Ford. Ou seja, quase 90% dos 780 funcionários da DHL serão recontratados, sem perda salarial. São ações como essa que colaboram para evitar demissão em massa. “Nosso compromisso é com os trabalhadores. Nas negociações, estamos fazendo todos os esforços possíveis para assegurar o emprego. Mas, se a Ford demitir em massa, vamos deflagrar uma greve geral”, explica Júlio Bonfim.
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