Notícias

Montadoras já demitiram 13.300, este ano

Geral, 07 de Dezembro de 2015 às 12:52h

Mesmo com as medidas adotadas ao longo do ano, como lay-off (suspensão temporária de contratos), férias coletivas e mais recentemente o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), as montadoras demitiram este ano, até novembro, 13.300 colegas.

É o maior número de dispensas desde 1998 quando, às vésperas da grande desvalorização do real, o setor cortou 22.200 postos de trabalho.

 Além das demissões, o setor tem atualmente 46.000 trabalhadores com alguma restrição em suas atividades. Cerca de 40.000 deles participam ou aguardam aprovação para entrar no PPE - que reduz jornada e salários em troca de estabilidade no emprego - e 6.000 estão em férias coletivas ou no chamado regime de lay-off.

Nos últimos dois anos, foram fechadas 25.700 vagas nas montadoras de veículos e máquinas agrícolas, cuja mão de obra é especializada e os salários costumam ser acima da média de outras indústrias.

O número equivale a 80% dos empregos gerados entre 2010 e 2013, anos de produção recorde.

Neste ano, até o mês passado, foram produzidos 2.287.000 veículos, 22,3% a menos que em igual período de 2014. Só em novembro, a produção teve queda de 14,2% em relação a outubro e de 33,5% ante igual mês do ano passado.

Foram 176.000 unidades, o menor volume para o mês em 12 anos. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA, entidade patronal) prevê encerrar o ano com produção de 2.400.000 veículos, voltando - assim - aos níveis de 2006.

As vendas caíram 25,2% nos 11 meses do ano, para 2,34 milhões de unidades e deve fechar 2015 com 2.540.000 unidades, o que representa 27,4% a menos do que em 2014.

Os estoques diminuíram um pouco em relação a outubro, mas seguem elevados, com 322.200 veículos nos pátios das fábricas e revendas, o equivalente a 50 dias de vendas.

O presidente da ANFAVEA, Luiz Moan, acredita que 2016 também 'não será um ano fácil', mas aposta numa estabilidade das vendas, com base na média diária do último trimestre deste ano. Uma melhora mais significativa do mercado só é esperada para os últimos três meses do próximo ano.

Adaptamos de Exame

Outras Notícias

Acesso restrito

Boletim Online

Cadastre-se e receba nossos boletins.

Parceiros