Texto de Rosângela Ribeiro Gil, do Sindicato dos Engenheiros de SP
Uma manifestação em frente à portaria da siderúrgica Usiminas, no polo petroquímico de Cubatão (SP), na manhã desta quarta-feira (11/11), foi violentamente reprimida por um grande aparato da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que envolveu cavalaria, Rota, helicópteros e tropa de choque. "Era um ato pacífico do trabalhador em defesa do seu emprego", disse, revoltado, o presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga Filho, que aspirou muito gás das bombas. Ele descreveu o movimento como normal: "Os trabalhadores iam descendo dos ônibus e ficando em frente da siderúrgica para acompanhar a assembleia que seria realizada logo depois." O ato se deve ao anúncio, pela empresa, no dia 29 de outubro último, de desativação da área de metalurgia primária, nos próximos quatro meses, o que vai significar a demissão de mais de quatro mil empregados.
O presidente do Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista, Florêncio Resende de Sá, o Sassá, afirmou que a Usiminas preparou todo um esquema de repressão junto à Polícia Militar. "Os trabalhadores estavam descendo normalmente dos ônibus e se concentrando em frente à portaria 2, da empresa, para a assembleia. Quando a empresa viu a adesão do pessoal, é que começou a violência", descreveu.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, a polícia estava claramente a serviço da empresa, por isso, os sindicatos vão enviar uma carta ao governador Geraldo Alckmin cobrando explicações quanto à atitude da corporação contra sindicalistas e trabalhadores na Usiminas. "Jogaram muita bomba de efeito moral, deram tiros de bala de borracha, spray de pimenta por que?", questiona. E prossegue: "Estávamos ali em defesa de um direito nosso, o direito ao trabalho. A Usiminas quer colocar na rua da amargura mais de quatro mil famílias. Estamos defendendo a Baixada Santista contra o caos."
A seguir, transcrevemos o relato do que aconteceu feito pelo diretor do SEESP, Newton Guenaga Filho, que estava no local apoiando o movimento:
"Cheguei às 6h30. Não pude parar no estacionamento da empresa porque estava fechado. Parei o carro na calçada da praça onde ficam as bandeiras. Observei que tinha a presença da Polícia Militar normal com três viaturas e um pequeno pelotão de PMs na portaria 1. Os trabalhadores estavam descendo de forma pacífica e ordeira, e se concentrando na região das árvores. Ninguém estava entrando. Foi aí que, de repente, pela portaria 2 da Usiminas saem de dentro da usina seis viaturas da Rota, em alta velocidade, praticamente em cima dos sindicalistas. As viaturas grandes que saíram se posicionaram no viaduto, bloqueando o tráfego na ponte. Na sequência saíram mais policiais de dentro da empresa e também a cavalaria. Em seguida saem policiais com escudos, uma verdadeira "parede de policiais", e começaram a soltar as bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, e avançaram contra os sindicalistas.
"Dois helicópteros da Polícia Militar estavam presentes e intimidavam as pessoas se aproximando do solo como parte da ação repressora. Bombas e mais bombas foram jogadas, inclusive, em cima dos trabalhadores que estavam desembarcando dos ônibus para participar da assembleia e dos jornalistas que estavam fazendo a cobertura do ato. Muitas pessoas passaram mal com os gases.
Em momento nenhum houve qualquer reação dos sindicalistas e dos trabalhadores que estavam fazendo uma manifestação pacífica e sem incidentes.
Com a ação da PM foi feito um corredor para a entrada forçada dos ônibus pela portaria 2. Devido ao clima, o pessoal encerrou o ato."
Contribuição de Marko Ajdaric
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