Uma manifestação de metalúrgicos paralisou em parte da manhã de ontem (dia 27) o tráfego pela Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo. Cerca de 500 pessoas, segundo o sindicato da categoria, participaram de protesto contra a decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que desobriga o uso de extintor de incêndio em automóveis de passeio. O ato começou em frente à fábrica de extintores Resil, em Diadema, na região do ABC –ontem, a empresa anunciou a demissão de 350 trabalhadores. À tarde, um grupo de 200 metalúrgicos seguiu para Brasília para participar de mobilizações hoje, na Câmara dos Deputados.
Os metalúrgicos defendem que a resolução seja revogada e pressionarão pela aprovação de projeto de decreto legislativo apresentado pelo deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), que susta os efeitos da medida. O projeto poderá ser votado hoje, se a mesa diretora da Câmara acatar o requerimento de urgência apresentado pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP). "Se a votação for neste dia 28, os trabalhadores estarão lá. O governo não pode continuar cometendo erros como essa resolução do Contran. É um crime contra o trabalhador fazer uma mudança desse porte sem uma discussão profunda. Quem toma uma decisão como essa sabe que ela causará demissões", afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.
O Contran é subordinado ao Ministério das Cidades. "Fizemos vários contatos com o governo, duas reuniões com o ministro Gilberto Kassab e articulações no Legislativo. Até agora não houve sensibilidade do governo para achar uma alternativa. Vamos continuar indo às ruas", diz Rafael, enfatizando que a medida terá forte impacto negativo nos empregos do setor.
Segundo ele, em nenhum momento houve sinalização de que a obrigatoriedade seria extinta, ao contrário. "Eles vinham aumentando as exigências em relação aos extintores, o governo fazia pressão para que o setor aumentasse a oferta do produto e, de repente, deram esse cavalo de pau", criticou o sindicalista. No início de janeiro, proprietários de veículos foram obrigados a trocar os extintores por um modelo de potência maior. Houve corrida às lojas e aumento de demanda nas fábricas. "É preciso segurança para que se possa investir, planejar. Se isso não acontece, quem sofre as consequências é o trabalhador."
Adaptamos de Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Contribuição de Marko Ajdaric
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