Pindamonhangaba (SP) tem cerca de 700 metalúrgicos afastados em função de algum acidente ou doença do trabalho, segundo dados apresentados em audiência pública nessa quarta-feira, dia 23, na Câmara de Vereadores.
A audiência com o tema "Meio Ambiente do Trabalho nas Indústrias de Pindamonhangaba" reuniu cerca de 200 pessoas, um dos maiores públicos do ano, assim como as audiências sobre Segurança e Transporte Públicos.
Segundo o presidente interino do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Romeu Martins, o número de 700 pessoas lesionadas representa 7% de toda a categoria. "É um número extremamente alto. O pior é que não vemos esforço das empresas em mudar essa realidade, muitas vezes elas nem respeitam as leis que protegem quem sofre acidente", disse.
A sessão foi presidida pelo vereador Professor Osvaldo Macedo (PMDB), que citou a demanda que isso acarreta ao setor público. "Temos empresas com maquinário da época da Segunda Guerra Mundial que estão sequelando nossos munícipes. Temos uma saúde no município extremamente deficitária, e entram esses trabalhadores que a indústria deveria ter protegido, sobrecarregando o sistema de saúde e o sistema previdenciário."
Como alternativa para reverter esse quadro, o sindicato propôs alterações na lei de incentivo para instalação de novas indústrias. "Para conseguir a isenção de impostos, as empresas deveriam dar uma contrapartida maior ao município, uma delas deveria ser o compromisso de evitar acidentes. Acreditamos que poderia haver uma tabela com regras para dar essa isenção, similar ao FAP-Fator Acidentário de Prevenção", disse Benedito Irineu, secretário de Comunicação do sindicato.
Vários trabalhadores e alunos de cursos de Segurança do Trabalho também expuseram suas dificuldades. A maioria delas era relacionada ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que não esteve presente na audiência. Apesar dessa ausência, as reclamações foram registradas e serão encaminhadas à Prefeitura para que seja possível cobrar respostas do INSS.
A audiência contou representantes do Ministério Público do Trabalho, OAB, Prefeitura Municipal e CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador).
Com informações de Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba
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