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Chamam estas redes de sociais... Será?

Geral, 11 de Setembro de 2015 às 16:18h

1) O possível acordo entre governo brasileiro e a corporação Facebook sobre a implantação da plataforma gratuita e limitada de internet, a Internet.org, tem gerado grande insatisfação por parte da sociedade civil e entidades do defesa do consumidor.

A conversa sobre o projeto já ocorre há algum tempo, mas foi em abril deste ano, quando a presidente Dilma Rousseff e Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, apareceram juntos durante a Cúpula das Américas, que as entidades resolveram se manifestar contra a iniciativa.

Na época, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - Proteste, e mais 33 representantes do Terceiro Setor e do ativismo digital,  enviaram uma carta de manifestação para pressionar o Comitê Gestor da Internet (CGI), no Brasil, a também se manifestar publicamente contra o projeto. Além disso, no mês passado, houve uma audiência pública para tratar do assunto.

Segundo a advogada e coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, o projeto viola o Marco Civil da Internet, pois fere o direito a privacidade, neutralidade e livre concorrência.

"Estamos aguardando a resposta do governo. Queremos que toda internet seja livre, não dá para uma empresa só controlar o acesso. Isso fere também a livre concorrência", diz Maria Inês.

Procurado por A TARDE, o CGI informa que ainda não tem um posicionamento sobre o manifesto.

Matéria de A Tarde, assinada por Joana Lopo

2) Redes sociais tratam usuários como mercadoria, diz criador da Wikipédia

Durante apresentação no Super Mobility 2015 que acontece em Las Vegas nesta semana, o fundador do Wikipedia Jimmy Wales falou sobre sua última iniciativa, a The People's Operator (TPO).

Também conhecida como operadora virtual de telefonia móvel ou mobile virtual network operator (MVNO), a TPO foi lançada recentemente nos Estados Unidos em uma parceria de cinco anos com a rede Sprint. Ela já opera no Reino Unido.

As MVNOs são provedoras de serviço sem fio, mas que não possuem a infraestrutura de rede. Ao invés disso, estabelecem acordos comerciais com grandes operadoras de telefonia móvel e compram tempo de rede a preços mais baixos, e depois vendem sob o seu próprio nome.

Mas o que diferencia a TPO de iniciativas semelhantes é que 10% da mensalidade da conta de cada cliente é direcionada para instituições de caridade ou causas que "você ama", de acordo com Wales. Wales, presidente executivo da TPO disse que 25% dos lucros da TPO vão para projetos do terceiro setor.

Wales também destacou a rede social da TPO, relativamente nova, que descreveu ser um desafio para o Facebook e Twitter. "Se parece muito com o Twitter, mas não exige 140 caracteres", disse.

Em uma carta publicada no site TPO.com, Wales defende que redes sociais tendem a tratar seus usuários como commodities para ser vendida para anunciantes. Ele também culpa companhias de dispositivos móveis por gastar "grandes quantidades de dinheiro em publicidade para vender o que é essencialmente um serviço de commodity".

Como fundador do Wikipedia, Wales não tem receio de enfrentar a oposição. Na China, onde a enciclopédia virtual foi banida, Wales diz que ele e outros estão se aproximando do país para reverter a proibição.

"Nós temos um princípio muito forte: nós não cooperamos com censura de governos", diz.

 O Wikipedia conta com 500 milhões de visitantes únicos por mês no mundo todo e é o quinto site mais visitado na maioria dos países, segundo Wales. Ao todo, são 34 milhões de artigos no Wikipedia, disponível em 288 idiomas.

*IDGNow! é marca registrada da IDG (International Data Group), licenciada exclusiva no Brasil pela DigitalNetwork!Brasileiros, divisão de mídia digital da Brasileiros Editora​

Fonte: revista Brasileiros: http://brasileiros.com.br
Contribuição de Marko Ajdaric

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