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Siderurgia vive a sua maior crise

Geral, 25 de Agosto de 2015 às 15:53h

Diante da maior crise de sua história, a indústria siderúrgica brasileira precisa de soluções de curto prazo e a única porta de saída visível são as exportações, na visão de Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), que congrega as companhias do setor.
Para que a saída dê certo, porém, a recente desvalorização da taxa de câmbio não é suficiente. A entidade cobra outras medidas, como a recomposição da alíquota de 3% do Reintegra, e tem buscado líderes do PMDB para sensibilizar o partido para a agenda do comércio exterior.

Com a redução da alíquota do Reintegra de 3% para 1%, a indústria siderúrgica perdeu US$ 160 milhões ao ano, informou Lopes. "Não faz o menor sentido, na hora em que o governo lança o Plano Nacional de Exportações, que se retire o instrumento que poderia incentivar as exportações, que é o Reintegra. O Reintegra não deveria ser de 3%, deveria ser de 7% ou 8%. Na China, é 17%. Nesse momento, o Brasil reduz de 3% para 1%", disse Lopes após participar de debate no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex 2015), ocorrido quinta-feira, 20, no Rio.

Segundo Lopes, o IABr tem mantido contato com líderes do PMDB, visando a incluir o comércio exterior como pauta política do partido, na esperança de tentar influenciar por mudanças no Reintegra. "Do lado do Executivo, não há nenhuma receptividade por parte da Fazenda de mexer em qualquer coisa que interfira no ajuste fiscal, mas o PMDB, que tem tido um papel importante nas discussões de agenda, entendendo que a saída é o mercado internacional, pode colocar na sua pauta política o Reintegra como um fator importante", disse Lopes.

Texto publicado pelo portal de A Tarde, no domingo próximo passado
Contribuição de Marko Ajdaric

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