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A Flextronics quer impor jornada de 44 horas

Geral, 20 de Agosto de 2013 às 15:31h

Jagauariúna (SP) O SindMetal [sindicato afiliado à CTB] se reuniu com diretores da empresa Flextronics -que produz celulares, impressoras e placas - na manhã de segunda-feira (dia 12).

O motivo foram as denúncias de trabalhadores da empresa de que está havendo uma pressão interna na fábrica para que os empregados aceitem a ampliação da jornada de trabalho para 44 horas semanais.

Na semana passada a empresa realizou uma série de reuniões com os trabalhadores, divididos em grupos de cerca de 20 pessoas, com o objetivo de saber a aceitação à ideia do aumento da jornada das atuais 40 para as 44 horas.

O problema é que, segundo relatos dos funcionários, nessas reuniões estavam presentes 4 ou 5 diretores da empresa para exercer pressão sobre os trabalhadores com o argumento de que a ampliação da jornada é fundamental para a permanência da fábrica em Jaguariúna.

Ao tomar conhecimento da situação, o sindicato imediatamente convocou a empresa a dar explicações sobre essa atitude, que pode ser caracterizada como assédio moral coletivo. Na reunião desta segunda, os diretores da fábrica negaram a prática, mas afirmaram que, para ter competitividade diante do mercado, há uma “necessidade' da migração para as 44 horas.

Eles garantiram que a Flextronics 'veio para ficar', no entanto, 'tudo vai depender da capacidade da empresa de atrair novos clientes e ser capaz de superar a concorrência'.

O sindicato, por sua vez, reforçou que mantém uma posição irredutível pela manutenção das 40 horas, não admitindo qualquer retrocesso nesta que é uma conquista histórica dos trabalhadores da Motorola e que a Flextronics quer jogar por terra. “Nós do movimento sindical temos a jornada de 40 horas como uma das nossas grandes bandeiras de luta. Quando a Flextronics decidiu comprar a Motorola ela sabia da jornada praticada aqui, então o trabalhador não pode pagar o pato agora. Somos totalmente contra isso e não vamos abrir mão das 40 horas semanais", afirma o presidente do SindMetal, o companheiro Buiú.

Ele lembra, porém, que esta será uma batalha que exigirá mobilização e unidade na fábrica. "Mais uma vez, voltamos a dizer: somente a união entre os trabalhadores e sindicato será capaz de impedir que a empresa insista nesta intenção', completou.  

Adapatamos de SindMetal

Colaboração: Clipagem e edição de Marko Ajdarić
 

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